Os eleitores do bloco de direita se abstiveram, enquanto os do bloco de esquerda votaram em branco durante a apuração, na qual mais de mil parlamentares e representantes das regiões têm o direito de participar.
As duas frentes intensificaram as negociações já que a partir desta quinta-feira os votos necessários foram reduzidos para 505.
Segundo o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, "está perto" de chegar a um acordo e não está excluído que na sexta-feira a Itália tenha um novo Presidente.
Nenhum dos dois blocos tem votos suficientes para eleger seu próprio candidato, por isso é necessário um acordo.
As funções do presidente são essencialmente honorárias na Itália, onde o sistema parlamentar governa. Mas este ano está em jogo o papel de Mario Draghi, atual primeiro-ministro, uma personalidade de grande peso e prestígio, cuja eleição à presidência colocaria o governo em crise.
Muitos parlamentares temem que, caso Draghi seja eleito, se desencadeie uma crise que pode terminar em eleições antecipadas, o que não é conveniente para o país.
Draghi é "precioso onde está agora", reiterou Matteo Salvini, líder da ultradireitista Liga, entre os protagonistas das negociações.
Ao mesmo tempo, outros nomes circulam para o cargo, entre eles o do ex-presidente da Câmara dos Deputados e da Internacional Democrata Cristã, Pier Ferdinando Casini; o da atual presidente do Senado, Elisabetta Casellati e o da experiente diplomata Elisabetta Belloni.
ROMA