(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MOSCOU

Lavrov reclama da resposta dos EUA sobre Ucrânia, mas Kiev aprova


27/01/2022 10:56

A Rússia avaliou, nesta quinta-feira (27), que os Estados Unidos ignoraram sua "principal" reivindicação em matéria de segurança, um tema crucial nas tentativas de apaziguar a crise entre Moscou e países ocidentais sobre a Ucrânia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Segundo o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, "não houve resposta positiva para a questão principal" nos documentos que Moscou recebeu de Washington, ou seja, que a Aliança Atlântica não se amplie, especialmente para a Ucrânia.

"A questão principal é a nossa posição clara sobre o caráter inaceitável da continuação da expansão da OTAN para o leste e o envio de armas que podem ameaçar o território russo", afirmou Lavrov em um comunicado, denunciando, mais uma vez, a "expansão desenfreada" da organização, apesar das promessas feitas a Moscou na década de 1990.

Na nota, ele reconheceu, porém, que "há uma reação que permite esperar o início de uma discussão séria sobre questões secundárias".

Já a Ucrânia recebeu positivamente a resposta dos Estados Unidos, conforme declaração de seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, também nesta quinta.

"Vimos a resposta por escrito dos Estados Unidos antes que fosse entregue à Rússia. Não houve objeções por parte da Ucrânia", tuitou Kuleba.

"É importante que os Estados Unidos sigam em contato com a Ucrânia antes e depois de todas as trocas que tiver com a Rússia. Não deve haver decisões sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. Regra de ouro", frisou.

A Ucrânia foi o gatilho para uma grave crise diplomática entre os países ocidentais e a Rússia, acusada de preparar uma invasão do país vizinho. A Rússia rebate a acusação, dizendo-se ameaçada por países ocidentais, e pede garantias de segurança.

Em sua resposta escrita à Rússia, divulgada na quarta-feira (26), os Estados Unidos rejeitaram a possibilidade de que as portas da OTAN sejam fechadas para a Ucrânia, mas alegaram ter proposto uma "via diplomática" para evitar uma nova guerra.

"Não se pode dizer que nossos pontos de vista tenham sido levados em consideração, ou que haja uma vontade de atender nossas preocupações", disse à imprensa, por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também nesta quinta.

Ele acrescentou que o governo russo "não vai se apressar e levará o tempo que precisar para analisar" as contrapropostas americanas recebidas no dia anterior, antes de dar qualquer resposta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)