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Estado de Minas ENTENDENDO O CALENDÁRIO

Por que celebramos o Ano Novo no dia 1º de janeiro?

É uma longa tradição que a cada novo ano celebramos com fogos de artifício, brindes e votos de felicidades, mas não foi sempre assim. Afinal, como janeiro tornou-se o primeiro mês do ano?


31/12/2021 09:02 - atualizado 31/12/2021 09:42


Comemoração de Ano Novo
Comemoração de Ano Novo em 1º de janeiro se deve a festivais romanos e a calendários de Júlio César e de papa Gregório XIII (foto: Getty Images)

*Esta reportagem foi publicada originalmente em 1° de janeiro de 2019 e atualizada em 30 de dezembro de 2021

Pouco antes desta data, pessoas em todo mundo saúdam o Ano Novo com fogos de artifício, abraços e brindes.

Mas você já se perguntou por que 1º de janeiro é o dia que marca o começo do ano?

Tudo se deve aos festivais pagãos romanos e ao calendário que o imperador Júlio César introduziu há dois mil anos.

Mas também é preciso dar crédito a um papa chamado Gregório 13.

Os romanos

Para os antigos romanos, janeiro era importante porque era o mês consagrado ao deus Janus (daí vem Ianuarius, que significa janeiro em latim).


Estátua de Julio César
Julio César impôs o novo calendário, designando janeiro, em homenagem ao deus Janus, como o primeiro mês do ano (foto: Getty Images)

Na mitologia romana, Janus é o deus de duas faces, dos começos e dos fins, das transições.

"É associado a olhar para frente e para trás", explicou à BBC Diana Spencer, professora da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

"Então, se há um momento no ano em que se deve decidir que 'aqui começamos de novo', é lógico que seja esse."

Também coincide com o tempo na Europa quando os dias começam a se alongar após o solstício de inverno no hemisfério Norte.

"Para Roma, isso tinha uma ressonância poderosa, porque acontece depois daqueles terríveis dias curtos, quando o mundo está escuro, frio e nada cresce", diz a professora.

"É uma espécie de período de pausa e reflexão."

Quando os romanos ganharam mais poder, começaram a espalhar seu calendário por todo seu vasto império.


Quadro Anunciação, de Joseph Erns Tunner (1830)
Durante a Idade Média, a Igreja Católica preferiu marcar o Ano Novo em 25 de março, Dia da Anunciação (foto: Getty Images)

Mas na Idade Média, após a queda de Roma, o cristianismo se estabeleceu com força, e o primeiro de janeiro foi considerado uma data muito pagã.

Muitos países onde o cristianismo predominou queriam que o Ano Novo ocorresse no dia 25 de março, que marca a aparição do arcanjo Gabriel à Virgem Maria.

"Embora o Natal seja quando Cristo nasceu, a Anunciação é quando se revela a Maria que ela vai dar à luz uma nova encarnação de Deus", disse Spencer à BBC.

"Esse é o momento em que a história de Cristo começa, por isso faria sentido que o novo ano inicie aí."


Gregorio 13
Graças a Gregório 13, o começo do ano voltou a ser em 1º de janeiro (foto: Getty Images)

O papa

No século 16, o papa Gregório 13 introduziu o calendário gregoriano e o primeiro de janeiro foi reestabelecido como Ano Novo nos países católicos.

No entanto, a Inglaterra, que havia se rebelado contra a autoridade do papa e professava a religião protestante, continuou a celebrar a passagem do ano no dia 25 de março até 1752.

Naquele ano, porém, um ato do Parlamento alinhou os britânicos com o resto da Europa.

Hoje, a maioria dos países é governada pelo calendário gregoriano, e é por isso que os fogos de artifício tomam o céu no dia 1º de janeiro de cada ano.


Fogos ao redor do Big Ben
Até 1752 a Grã-Bretanha tinha uma data diferente para comemorar a passagem do ano (foto: Getty Images)

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