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Estado de Minas GENEBRA

'Nunca mais!': o grito da OMS para a covid-19


29/11/2021 12:42

"Nunca mais!": após milhões de mortes e prejuízos econômicos imensuráveis, a comunidade internacional inicia um longo e difícil processo para tentar dar à OMS os meios para combater melhor a próxima pandemia.

"Tudo isso vai acontecer de novo a menos que vocês, nações do mundo, se unam para dizer com uma só voz: nunca mais!", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início da reunião excepcional da Assembleia Mundial da Saúde, órgão de decisão supremo da OMS, que reúne 194 membros.

"Chegou a hora de superar essa pandemia e deixar uma herança para as gerações que nos sucederão", destacou Tedros.

No domingo, os membros da OMS decidiram iniciar negociações para criar um instrumento internacional para prevenir e combater melhor as pandemias. Nessa reunião, que vai durar três dias, os membros da OMS devem confirmar oficialmente este projeto de acordo.

Essa proposta de instrumento internacional obrigatório, apoiado pelo chefe da OMS, foi apresentada no final de março em uma tribuna assinada pelos líderes de países dos cinco continentes. Entre eles o presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, os presidentes sul-africano Cyril Ramaphosa, indonésio Joko Widodo e chileno Sebastián Piñera.

"Hoje espero que entremos na história. A situação do mundo exige isso", declarou nesta segunda-feira durante a reunião o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, um dos patrocinadores do projeto.

"Queremos estar melhor preparados, dispor de contramedidas médicas suficientes que deverão ser igualmente distribuídas no mundo (...)", disse o ministro da Saúde francês, Olivier Véran.

Durante os debates, vários líderes, entre eles a chanceler Merkel, defenderam o princípio de um "tratado internacional obrigatório". Assim como o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Xavier Becerra, que ofereceu o apoio de seu país para a "elaboração de uma convenção da OMS ou de outro tipo de instrumento internacional".

- Tratado obrigatório -

Essa reunião em formato híbrido acontece em um contexto de pânico mundial, dias depois da descoberta da nova variante ômicron do coronavírus.

Várias incertezas ainda pairam sobre o risco e a transmissibilidade da variante, com múltiplas mutações, mas os cientistas temem que seja extremamente contagiosa e contorne em parte as defesas imunológicas.

"A emergência da ômicron nos lembra que a covid não acabou", continuou, referindo-se à nova variante do vírus, que "mostra por que o mundo precisa de um novo acordo".

A gestão da covid-19 mostrou os limites do que a OMS tem direito e recursos para fazer. Diante da ausência do compartilhamento de dados, amostras e vacinas, Tedros sentencia: "No fundo, a pandemia é uma crise de solidariedade" e de capacidade de "compartilhar". Portanto, pede aos Estados um reforço da OMS.

"A crise atual mostra até que ponto é indispensável dispor de uma Organização Mundial da Saúde forte, eficaz e universal, comprometida a longo prazo", destacou por sua vez o ministro da Saúde suíço, Alain Berset.

O projeto de acordo dos membros da OMS prevê a criação de "um órgão intergovernamental" para redigir e negociar "uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional da OMS sobre a prevenção, o preparo e a resposta para pandemias".


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