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Estado de Minas BUENOS AIRES

Governo argentino defende controversa restrição de compra de passagens no exterior


27/11/2021 17:31

O ministro do Desenvolvimento da Argentina, Matías Kulfas, defendeu neste sábado uma polêmica medida oficial que proíbe a compra financiada de passagens e serviços no exterior por meio de cartões de crédito, em um contexto de escassez de divisas no endividado país sul-americano.

"As pessoas que viajam para o exterior não são pobres, vamos ser claros, e a classe média tem muitas opções dentro do país para o verão", disse o ministro à rádio Continental em entrevista citada pelo canal de notícias TN e pelo jornal La Nación.

"Quem quiser ir para o exterior, que vá, mas que pague", lançou Kulfas, que justificou a medida lembrando que se trata de "administrar um desequilíbrio na balança de divisas e fazer com que não faltem produtos que a Argentina necessita".

Ele reconheceu que existem "medidas que podem parecer um pouco antipáticas", mas "as reservas [do país] precisam ser robustas para sustentar um plano econômico consistente".

Na Argentina, existem limitações para a compra de dólares para poupança ou pagamento por pessoas físicas, e o preço do dólar no mercado paralelo ou "blue" quase duplica o do mercado oficial ou regulado (106,17 pesos por dólar).

Nesse contexto, o Banco Central resolveu "estabelecer, a partir de 26 de novembro, que as entidades financeiras e não financeiras emissoras de cartão de crédito não financiem em parcelas as compras realizadas com o cartão de crédito de seus clientes (...) de passagens no exterior e outros serviços turísticos no estrangeiro".

A decisão se soma às restrições às compras de dólares, enquanto Buenos Aires busca renegociar sua dívida de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A economia argentina emerge da recessão em que afundou em 2018, com uma expectativa de crescimento de 8,3% para este ano, após um colapso de 9,9% em 2020 sob o impacto da pandemia de covid-19.

No acumulado do ano, a inflação chega a 41,8% e alcança 52,1% em 12 meses, uma das maiores taxas do mundo.


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