"Esperamos que o primeiro-ministro e o presidente Macron se reúnam rapidamente, à margem do G20", disse um porta-voz do líder britânico, sem dar detalhes sobre data e horário.
Os temas de discórdia se acumulam entre Paris e Londres: imigração em condição ilegal pelo Canal da Mancha; pacto AUKUS, que levou ao cancelamento de uma encomenda bilionária por parte da Austrália de submarinos convencionais franceses; e as consequências do Brexit, tanto na Irlanda do Norte quanto para pescadores.
Sobre este último ponto, o tom subiu desde que a França anunciou as primeiras medidas de represália contra as ilhas anglo-normandas e o Reino Unido, a partir de 2 de novembro, se até lá os pescadores franceses não obtiverem mais licenças para pescar em suas águas.
Entre elas as medidas prometidas por Paris, estão o reforço dos controles e a proibição de desembarque de navios britânicos em portos franceses.
A França desviou uma traineira britânica suspeita de ter capturado mais de duas toneladas de vieiras sem licença. Seu capitão será julgado em agosto.
O secretário de Estado francês para Assuntos Europeus, Clément Beaune, ressaltou que a França deve "falar a língua da força" para se fazer ouvir.
Em entrevista à rede BBC, o ministro britânico do Meio Ambiente, George Eustice, criticou a França por assumir um "tom incendiário" e advertiu que as autoridades britânicas também podem reforçar o controle sobre os navios franceses.
LONDRES