"É preciso honrar as promessas feitas em Paris há seis anos e, em última instância, isso recai sobre os líderes mundiais", declarou Alok Sharma, em pronunciamento durante a visita que fez à sede da Unesco em Paris.
"O sucesso ou o fracasso da COP26 está em suas mãos, assim como o futuro do Acordo de Paris", que busca limitar a +1,5 ºC o aquecimento global, em relação à era pré-industrial, acrescentou.
"Se não agirmos imediatamente, não poderemos respeitar o limite de +1,5 ºC", insistiu Sharma. "Essa é a promessa de Paris e deve ser mantida em Glasgow", explicou.
"Fizemos alguns avanços, mas ainda há caminho a percorrer" em "quatro pontos-chave": a redução das emissões, a adaptação aos efeitos da mudança climática, o financiamento aos países mais pobres e a cooperação internacional. "É de importância crucial que os líderes o façam" disse Sharma.
"Mais de 120 dirigentes mundiais" confirmaram presença em Glasgow, durante a cúpula de abertura da COP26 em 1º e 2 de novembro, assinalou o presidente da conferência, mas sem apresentar nomes concretos. As tensões entre Estados Unidos e China aumenta a preocupação sobre o progresso das negociações climáticas.
A reunião do G20, nos dias 30 e 31 de outubro em Roma, às vésperas da COP26, "será uma ocasião para avançar" e as mensagens que o evento deixará sobre a luta contra a mudança climática "serão de vital importância", frisou.
Ainda mais quando países como China e Índia, que são grandes emissores dos gases do efeito estufa, não entregaram suas contribuições determinadas em nível nacional das futuras reduções de emissões (NDC), como prevê o Acordo de Paris.
"Espero que, nos 19 dias que restam [para a COP], vejamos novas NDCs, incluídas as do G20, que não apresentaram novas contribuições mais ambiciosas", disse.
"A COP não serve para posar para fotografias, não é um fórum de discussões. Deve ser o lugar onde se coloque o mundo no rumo certo em matéria climática, e isso cabe aos líderes", insistiu. "Creio que eles entendem a responsabilidade que têm pela frente".
PARIS