Blinken e o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, participarão da Assembleia Geral da ONU em uma reunião a portas fechadas dos cinco membros com poder de veto do Conselho de Segurança.
"Eles certamente estarão na sala amanhã na reunião ministerial P5 e terão a oportunidade de trocar opiniões sobre uma série de coisas", informou o funcionário a repórteres nesta terça-feira, sob condição de anonimato.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, participará das negociações das cinco potências: Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos.
O funcionário revelou que uma reunião separada das quatro potências transatlânticas - Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos - não ocorrerá em nível ministerial, mas sim que as negociações estão ocorrendo em um nível inferior.
Blinken também falará com o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, que simpatizou com a irritação francesa.
A França ficou furiosa na semana passada quando a Austrália desistiu de um importante contrato de compra de submarinos convencionais franceses para adquirir os submarinos nucleares americanos, alegando as mudanças no ambiente de segurança.
A França acusou os Estados Unidos de traição e a Austrália de esfaqueá-la pelas costas e alertou para repercussões na relação entre os países.
Os Estados Unidos expressaram esperança de acalmar as tensões com seu aliado, e o presidente Joe Biden espera falar por telefone com seu homólogo Emmanuel Macron nos próximos dias.
Autoridades americanas disseram que Blinken, que é fluente em francês, também discutiu a crise com o embaixador da França em Washington, Philippe Etienne, antes do diplomata ser chamado a Paris para consultas em protesto.
WASHINGTON