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Estado de Minas TEERÃ

Negociações sobre acordo nuclear iraniano podem ser retomadas em 2 ou 3 meses


01/09/2021 12:55

As estagnadas negociações sobre o acordo nuclear iraniano provavelmente só serão retomadas em dois ou três meses, segundo o ministério das Relações Exteriores deste país.

Retomadas em Viena em abril sob mediação da União Europeia, as negociações buscam trazer os Estados Unidos de volta ao acordo de 2015, do qual Donald Trump se retirou há três anos.

As últimas reuniões ocorreram em 20 de junho, dois dias depois da chegada ao poder do presidente ultraconservador Ebrahim Raisi, e não foi estabelecida nenhuma outra data para retomá-las.

"Não estamos fugindo da mesa de negociação (...), o governo considera uma negociação real aquela que produz resultado palpáveis que permitam garantir os direitos do povo iraniano", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Hosein Amir Abdollahian, durante uma entrevista televisionada na terça-feira na emissora estatal.

As negociações de Viena são "um dos temas da política de Exteriores e na agenda do governo", disse.

No entanto, "as outras partes sabem muito bem que o novo governo precisa de dois a três meses para se instalar e começar a tomar decisões".

Raisi chegou à presidência no início de agosto, em substituição do moderado Hasan Rohani, principal arquiteto do lado iraniano do acordo de 2015.

O pacto de 2015 permitiu ao Irã o relaxamento das sanções ocidentais e da ONU, em troca de permitir controles rigorosos de seu programa nuclear, monitorados pela ONU.

Em represália pela retirada de Trump do acordo há três anos e pela reimposição das sanções, o Irã agora viola a maioria dos compromissos do acordo.

O sucessor de Trump na Casa Branca, Joe Biden, deseja que Washington volte ao acordo.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, pediu nesta quarta-feira a Amir Abdollahian que as negociações sejam "imediatamente retomadas", declarou um porta-voz do ministério francês.

Além do Irã, as negociações de Viena contam com outros cinco interlocutores: Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia.

Os Estados Unidos também participam das reuniões, mas não têm contato direto com o Irã.


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