"Estava feliz por estar com a minha família, mas triste porque sentia falta dos meus amigos", disse a menina, em frente a uma escola primária da capital.
As crianças foram para as aulas usando máscara, tiveram a temperatura verificada e receberam álcool em gel na entrada das escolas. Nas salas de aula, as carteiras estão protegidas com capas de plástico ou acrílico e posicionadas a uma distância maior do que a habitual uma das outras, com poucos alunos por classe.
Estima-se que cerca de 25 milhões de alunos tenham retomado as aulas presenciais, em um clima de polêmica: alguns pais e opositores do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador questionam se é prudente fazê-lo neste momento.
O governo afirmou que o retorno será voluntário e que o sistema educacional adotará um modelo híbrido, com aulas presenciais e à distância.
- 'Passo a passo' -
Esta é a primeira vez que o México retoma as aulas presenciais de forma geral, depois que alguns estados fizeram uma primeira tentativa em junho que foi interrompida por alguns surtos da doença. Os professores concordam com a necessidade de proteger os menores, mas estão cientes de que o ensino à distância não é suficiente.
Dos 32 estados mexicanos, Baja Califórnia, Baja Califórnia Sul, Sinaloa e Colima adiaram o retorno às aulas devido aos efeitos da passagem do furacão Nora e ao aumento dos casos de Covid.
Na capital mexicana - de 9 milhões de habitantes - "mais de 90% dos estabelecimentos de ensino públicos e privados" foram abertos, informou a prefeita, Claudia Sheinbaum.
O governo estima que 5,2 milhões de alunos de todos os níveis de ensino tenham abandonado o último ano letivo. O México acumulava até ontem 3,3 milhões de casos de Covid e 258.165 mortos pela doença, segundo a Secretaria de Saúde.
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