Chile receberá ao menos dez famílias afegãs, a maioria mulheres

O Chile vai receber pelo menos 10 famílias do Afeganistão após fazer uma série de gestões a pedido de organizações humanitárias e de afegãos neste país sul-americano que deu prioridade a mulheres acadêmicas, jornalistas e ativistas humanitárias, anunciou o governo chileno nesta terça-feira (17).

"Demos prioridade às pessoas mais ameaçadas", disse o chanceler Andrés Allamand à imprensa, ao detalhar que o governo chileno está colaborando com uma organização não governamental para evacuar as pessoas vinculadas aos direitos humanos em Cabul. O voo, previsto inicialmente para a terça-feira, deve ocorrer na quarta, acrescentou.

"Estamos trabalhando com grupos familiares. A informação de que disponho é que há uma espécie de status quo bastante especial no aeroporto: há uma zona que está no controle dos talibãs e há outra que está sob o controle da força da Otan, fundamentalmente americana, e do Reino Unido", explicou o chanceler Allamand.

O presidente Sebastián Piñera confirmou que o Chile receberá um grupo de famílias afegãs diante da crise atual e destacou que o país está "comprometido para poder ajudar as mulheres que se dedicaram a proteger os direitos das mulheres no Afeganistão e se sentem ameaçadas".

"Por isso, em conjunto com uma organização que se chama Front Line Defenders, já prometemos que o Chile vai receber e acolher algumas famílias afegãs. Estamos pensando na ordem de dez famílias que sejam mulheres, que se dedicaram à defesa dos direitos das mulheres", reforçou.