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Estado de Minas JERUSALÉM

Primeira visita do chanceler israelense ao Marrocos após normalização das relações


11/08/2021 18:24 - atualizado 11/08/2021 18:26

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, chegou ao Marrocos nesta quarta-feira (11), em sua primeira visita oficial ao país, sete meses depois da normalização das relações entre Rabat e o Estado hebreu, que selaram acordos.

Esses acordos em áreas como cooperação política, aviação, cultura e esportes "trarão inovação aos nossos países para o benefício de nossas crianças", disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid.

o chanceler israelense, que encontrou seu homólogo marroquino Naser Borita, celebrou "o restabelecimento da paz e da amizade" impulsionado pela normalização das relações.

O Marrocos foi o quarto país árabe a estabelecer relações com Israel em 2020, graças à mediação dos Estados Unidos e em troca do reconhecimento americano de sua "soberania" sobre o disputado território do Saara Ocidental.

Durante esta visita qualificada de "histórica" por Lapid, ambas as partes fecharam dois acordos e um memorando de cooperação e estabeleceram mecanismos de consultas políticas.

Os dois países já assinaram acordos sobre água, aviação e finanças durante a primeira visita de uma delegação oficial israelense que chegou em dezembro de 2020 no primeiro voo direto entre Rabat e Tel Aviv.

Na reunião, o ministro marroquino destacou a necessidade de "retomar as negociações" no conflito israelense-palestino para "chegar a uma solução com base em dois Estados".

Lapid se limitou a apontar que a normalização das relações entre Israel e os países árabes prova que "algo está mudando na região".

Antes do encontro ministerial, a delegação israelense visitou o mausoléu real, onde estão enterrados os reis Hassan II e Mohamed V.

Na quinta-feira, Lapid deve inaugurar a representação diplomática israelense em Rabat.

- Traição para os palestinos -

A visita ocorre cerca de duas semanas depois que as primeiras conexões aéreas comerciais diretas começaram a operar.

A comunidade judaica do Marrocos é a maior do Norte da África (cerca de 3.000 pessoas). Os quase 700.000 israelenses de ascendência marroquina mantiveram laços muito fortes com seu país de origem.

Antes da pandemia da covid-19, entre 50.000 e 70.000 turistas israelenses, a maioria deles de origem marroquina, visitavam o reino anualmente. Para chegar, porém, precisavam transitar por terceiros países.

Em julho passado, em Rabat, Marrocos e Israel também assinaram outro acordo, desta vez em matéria de ciberdefesa. O pacto engloba "cooperação operacional, pesquisa, desenvolvimento e troca de informações", informou a Direção Nacional de Cibersegurança israelense em seu perfil no Facebook.

Recentemente, o reino foi acusado de usar o software espião "Pegasus", desenvolvido pela empresa israelense NSO. Rabat negou, de forma categórica, "acusações falsas e infundadas" e iniciou ações judiciais.

Os palestinos denunciaram, por sua vez, os acordos de normalização entre Israel e os países árabes, chamando-os de "traição". Até então, a solução do conflito palestino-israelense sempre foi considerada uma condição prévia para qualquer normalização das relações.

Depois de anunciar a retomada das relações bilaterais, o rei Mohamed VI assegurou ao presidente palestino, Mahmud Abbas, a continuidade do "compromisso permanente e sustentado do Marrocos com a justa causa palestina".

De fato, no Marrocos, a causa palestina continua a mobilizar a sociedade civil, e alguns partidos islâmicos e de extrema esquerda se opõem à normalização das relações entre seu país e o Estado judeu. Para muitos, "esta visita é uma ofensa ao povo marroquino e uma traição aos palestinos".


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