"Pedimos aos líderes cubanos que mostrem moderação (e) respeito pela voz do povo, abrindo todos os meios de comunicação, tanto digitais como não digitais", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em entrevista coletiva.
"Fechar o acesso à tecnologia, fechar os canais de informação, isso não faz nada para responder às necessidades e aspirações legítimas do povo cubano", acrescentou.
"Parabenizamos o povo de Cuba por mostrar grande coragem", disse Price, acrescentando que Havana respondeu tentando "silenciar suas vozes".
"Pedimos calma e condenamos toda violência contra quem protesta pacificamente. E também pedimos ao governo cubano que liberte todos os detidos por protestarem pacificamente", afirmou.
Cerca de 100 pessoas, incluindo jornalistas independentes e ativistas da oposição, permaneciam presos nesta terça-feira.
Em uma mobilização em uma escala sem precedentes desde a revolução de 1959, os cubanos tomaram as ruas no domingo em várias cidades e vilas da ilha sob o regime comunista.
O acesso à internet móvel, grande aliada desses protestos, foi rapidamente interrompido.
O grupo de monitoramento Internet Netblocks relatou interrupções em Cuba nas principais redes sociais e plataformas de comunicação, como WhatsApp e Facebook.
Na segunda-feira, o presidente Joe Biden expressou o apoio dos EUA aos manifestantes e instou o governo cubano a não usar a violência para reprimi-los.
"Os Estados Unidos pedem que o regime cubano ouça seu povo" e "seu clamor por liberdade", disse ele.
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