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Estado de Minas MOSCOU

Presidente bielorrusso anuncia desmantelamento de 'células terroristas adormecidas' ocidentais


02/07/2021 16:12 - atualizado 02/07/2021 16:13

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, anunciou nesta sexta-feira (2) o desmantelamento de "células terroristas adormecidas" relacionadas, segundo ele, com países ocidentais.

"Desmantelamos hoje células terroristas adormecidas", afirmou Lukashenko, citado pelo seu serviço de imprensa.

"O objetivo dessas células", que estariam vinculadas à Alemanha, Ucrânia, Estados Unidos, Polônia e Lituânia, era "derrubar o governo de forma violenta", acusou.

Segundo ele, as atividades dessas células eram coordenadas por meio de um canal no serviço de mensagens do Telegram, denominado "Regimentos de autodefesa de Belarus", que teria 2.500 membros e pertenceria a um "cidadão alemão".

Essas forças teriam tentado explodir um centro de comunicação naval russo localizado na cidade bielorrussa de Vileyika, cem quilômetros a noroeste de Minsk, informou Lukashenko, especificando que havia falado sobre esse assunto com seu homólogo russo, Vladimir Putin.

"Todos os participantes deste ato terrorista [...] foram encontrados em questão de 48 horas e presos", informou.

- "Louco" -

Franak Viacorka, conselheiro da líder da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, sugeriu que a última explosão de Lukashenko não era um bom sinal para os estrangeiros, e que ele pode estar "procurando um pretexto para tomar medidas severas contra diplomatas".

"Louco", ele tuitou.

O presidente afirmou que "um número enorme de armas circulava para Belarus vindas da Ucrânia" e anunciou que ordenou aos guardas fronteiriços que "fechem definitivamente a fronteira" com o país vizinho.

Além disso, o presidente lembrou que, na noite de quinta-feira, os serviços especiais frustraram uma tentativa de assassinato contra um jornalista e apresentador de televisão pública, Grigori Azarenok, conhecido por suas declarações a favor do regime.

"Eles queriam levá-lo para uma floresta e cortar sua língua", afirmou Lukashenko.

O presidente bielorrusso tem o forte apoio da Rússia e acusou o Ocidente em várias ocasiões de querer "desestabilizar" seu país para derrubar o governo.

Desde as eleições de agosto passado, nas quais Lukashenko se declarou vencedor, Belarus está mergulhada em uma crise política.

A oposição afirma que as eleições foram fraudadas, mas as autoridades reprimiram qualquer manifestação contra o regime, deixando vários mortos e milhares de presos.

As tensões entre Belarus e os europeus se acentuaram por causa da forte repressão de um movimento de protesto pós-eleição em 2020 e do desvio de um avião comercial em maio deste ano, por parte das autoridades bielorrussas para deter um jornalista crítico que se encontrava a bordo.

Na segunda-feira, Minsk anunciou que suspendia sua participação na Associação Oriental da União Europeia e convocou seu embaixador em Bruxelas, em represália pelas sanções europeias ordenadas por causa da repressão política.


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