"Esta é uma festa dos 18 povos e 15 nacionalidades indígenas para debater os grandes temas atuais do país e eleger o novo governo da Conaie", informou em um comunicado.
A Conaie, a maior organização aborígine do país, convocou "delegações dos povos e nacionalidades indígenas pertencentes à Serra, Amazônia e Costa. Espera-se a chegada de 1.500 delegados".
"Começamos o #VIICongresoConaie com a força dos povos e nacionalidades em Salasaca", anunciou no Twitter o dirigente da Cotopaxi Leonidas Iza, candidato à presidência da organização.
Outros aspirantes são María Andrade (povo kichwa-saraguro), Matilde Tenesaca (Movimento indígena do Chimborazo), Marco Guatemal (comunidades da Serra Norte) e Javier Aguavil (líder da Confederação de Nacionalidades Indígenas da Costa).
O encontro é celebrado no estádio da comunidade Salasaca, com uma operação de biossegurança e vigilância de pessoal do Ministério da Saúde.
A dinâmica estabelece mesas de análises prévias à escolha dos novos dignatários, que desempenharão as funções até 2024.
O presidente da Conaie em fim de mandato, Jaime Vargas permaneceu um ano a mais no cargo devido à pandemia.
O movimento indígena encabeçou protestos contra o governo de Lenin Moreno (2017-2021) em outubro de 2019, que deixaram onze mortos e mais de 1.300 feridos.
"O espírito de outubro nos manterá unidos em uma única força para crescer e continuar germinando a transformação social que o Equador requer", acrescentou Iza, protagonista deste protesto.
Também participaram de revoltas populares que depuseram três presidentes entre 1997 e 2005.
Os povos autóctones do Equador representam apenas 7,4% da população do pais, segundo o censo de 2010.
O ex-candidato presidencial Yaku Pérez, da etnia kañari, afirmava que, segundo estudos antropológicos, 25% dos 17,4 milhões de equatorianos são indígenas.
QUITO