O anúncio foi feito logo após o segundo golpe no Mali em menos de um ano, um movimento que estremeceu as relações entre a França e este país-chave na região, levando Paris a repensar sua presença lá.
"Começaremos uma profunda transformação da nossa presença militar no Sahel", declarou o presidente francês em entrevista coletiva, referindo-se aos 5.100 soldados da força francesa Barkhane.
Esta transformação implicará "o fim da operação Barkhane como operação estrangeira" e o lançamento de uma "aliança internacional que associa os estados da região e todos os nossos parceiros, estritamente focada na luta contra o terrorismo", acrescentou.
Em particular, a França quer parar de cuidar da segurança de grandes áreas nas quais os Estados não podem se impor, e se concentrará na luta anti-jihadista. O presidente não forneceu cifras concretas, mas mencionou que o número de bases francesas na região será reduzido.
Em 2023, deveriam haver cerca de 2.500 soldados franceses na região, disse uma fonte próxima ao dossiê à AFP.
"O número de soldados franceses que permanecerão ainda não foi decidido, pode ser de vários milhares. Ainda haverá uma presença significativa", disse o Eliseu, acrescentando que as tropas podem deixar o norte do Mali no outono boreal.
A partir de agora, o combate ao terrorismo será feito "com forças especiais estruturadas em torno [da operação] Takuba com, obviamente, uma forte componente francesa, com várias centenas de soldados, e forças africanas, europeias, internacionais", disse Macron.
PARIS