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Estado de Minas WASHINGTON

Biden chega à Europa com promessa de milhões de vacinas para o mundo


09/06/2021 22:24 - atualizado 09/06/2021 22:26

"Os Estados Unidos voltaram", afirmou nesta quarta-feira (9) o presidente americano, Joe Biden, ao chegar ao Reino Unido, primeira escala de sua viagem à Europa, em que deve anunciar que seu país irá doar 500 milhões de vacinas Pfizer a outras nações.

"Vamos deixar claro que os Estados Unidos estão de volta e que as democracias do mundo estão unidas para enfrentar os desafios mais difíceis", declarou Biden em um discurso às tropas americanas estacionadas na base aérea britânica de Mildenhall, onde o avião presidencial Força Aérea Um pouso momentos antes vindo de Washington.

Fazendo uma defesa firme da democracia perante a autocracia, e um apelo ao consenso e à colaboração, Biden afirmou que está "empenhado em liderar com força, defendendo os nossos valores e respeitando o nosso povo".

O presidente americano alertou a Rússia que, embora os Estados Unidos não busquem o conflito, responderão com firmeza contra qualquer tipo de ataque.

O destaque dessa primeira viagem de Biden será uma reunião em Genebra com o presidente russo, Vladimir Putin, prevista para o dia 16. Mas primeiro, ele terá uma reunião bilateral nesta quinta-feira com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Os dois dirigentes devem definir durante o encontro uma nova Carta do Atlântico, seguindo o modelo da assinada por seus antecessores Roosevelt e Churchill, levando em conta a ameaça de ataques cibernéticos e o aquecimento global, indicou a Downing Street. Em seguida, irão participar de sexta-feira a domingo da cúpula do G7 na Cornualha, sudoeste da Inglaterra, onde as mudanças climáticas e a pandemia de covid-19 serão algumas das prioridades debatidas.

Segundo o "New York Times" e o "Washington Post", Biden deve anunciar no evento que os Estados Unidos irão comprar 500 milhões de doses da vacina Pfizer para distribuí-las a outros países.

Muito criticada pelo atraso no compartilhamento de vacinas com o mundo, a Casa Branca tenta, agora, assumir a dianteira na questão. "Os Estados Unidos se comprometeram a trabalhar na imunização internacional com o mesmo senso de urgência demonstrado em casa", afirmou Biden.

- Rainha e Putin -

No domingo, após a reunião do G7, Biden será recebido pela rainha Elizabeth II no castelo de Windsor. Ele seguirá depois para a Bélgica, onde terá vários encontros bilaterais.

"Minha viagem à Europa é uma oportunidade para que os Estados Unidos mobilizem as democracias do mundo", declarou Biden, que repete desde sua posse que os "Estados Unidos estão de volta" ("America is back") e pretende ter uma participação ativas nas questões mundiais.

Após o mandato de Donald Trump, no entanto, os aliados "receberão as palavras tranquilizadoras com um pouco de ceticismo", destaca Suzanne Maloney, do centro de estudos Brookings, com sede em Washington. "A vontade de Biden de reconectar com eles terá que superar não apenas as cicatrizes dos últimos quatro anos, mas também as perguntas sobre a saúde da democracia americana", escreveu.

"O objetivo da viagem é deixar claro para Putin e a China que a Europa e os Estados Unidos são aliados próximos", assinalou o presidente americano.

"Ele se prepara para isso há 50 anos", afirmou sua porta-voz, Jen Psaki, em referência à longa carreira política do presidente, 78 anos, que foi eleito para o Senado pela primeira vez em 1972. "Ele conhece alguns desses dirigentes, entre eles o presidente Putin, há décadas", completou.

Com assuntos como Ucrânia, Belarus, o destino do opositor russo detido Alexei Navalny e os ciberataques, os debates devem ser duros e difíceis. A segurança cibernética será "um assunto de nossa discussão", afirmou Biden, antes de iniciar a viagem.

A Casa Branca, que alterna mensagens conciliadoras e advertências, insiste que suas expectativas são modestas. O único objetivo antecipado é tornar as relações entre os dois países "mais estáveis e previsíveis".

"O problema é que Putin não quer necessariamente uma relação mais estável e previsível", afirma Alexander Vershbow, ex-diplomata americano ex-número dois da Otan.

A presidência americana revelou poucos detalhes sobre o encontro com o presidente russo. Apenas deu a entender que, ao contrário do que aconteceu com Trump em Helsinque em 2018, não está na agenda uma entrevista coletiva conjunta.

Em um tema mais leve, antes de embarcar Biden pediu aos jornalistas para "prestar atenção nas cigarras", os insetos que atualmente invadem os Estados Unidos, depois que um deles posou em seu cotovelo segundos antes.

Nesta terça-feira, outro avião que deveria transportar repórteres da Casa Branca para a cobertura da viagem atrasou a decolagem porque uma nuvem de cigarras invadiu seus motores.


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