"Precisamos priorizar o que está acontecendo na fronteira e priorizar por que as pessoas estão indo para a fronteira", declarou Harris em uma entrevista coletiva no encerramento de uma visita oficial ao México.
Harris não especificou data ou local para a visita à vasta fronteira com o México, que tem mais de 3.000 km de extensão.
A vice-presidente americana indicou que seria "míope" tentar resolver o problema da migração sugerindo que se abordem apenas as consequências na fronteira com o México e não as causas do fenômeno.
Harris fez uma rápida visita ao México, na qual se reuniu com o presidente Andrés Manuel López Obrador e abordou principalmente o tema da migração ilegal, uma das prioridades da agenda bilateral.
Ambos assinaram um memorando de entendimento no qual concordam em promover programas de desenvolvimento agrícola e trabalho com jovens na Guatemala, Honduras e El Salvador, países de onde se origina a maior parte da migração que atravessa o território mexicano para chegar aos Estados Unidos.
Harris classificou a viagem, durante a qual ela também visitou a Guatemala na segunda-feira, "um sucesso" em termos de progresso. Ela alertou, porém, que a raiz do problema "não será resolvida em uma viagem de dois dias".
A vice-presidente havia dito anteriormente que busca dar aos centro-americanos um sentimento de "esperança" e que trabalhará para que não sejam obrigados a deixar seus países, devastados pela violência e pela pobreza.
O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, que assumiu o cargo em janeiro passado, relaxou as duras políticas de imigração de seu antecessor Donald Trump, levando a uma escalada no fluxo de migrantes sem documentos.
Em abril, cerca de 178.000 prisões de migrantes sem documentos foram registradas na fronteira com o México, principalmente centro-americanos, o número mais alto em 20 anos, de acordo com autoridades americanas.
A oposição republicana acusa Biden de desencadear uma nova "crise" na fronteira.
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