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Estado de Minas NOVA DÉLHI

Índia tem recorde de casos diários de covid; Europa começa a suspender restrições


22/04/2021 20:02

A Índia registrou quase 315.000 novos casos de coronavírus em um dia, um recorde mundial em um país mergulhado em uma grave crise sanitária, enquanto a vacinação avança nos Estados Unidos e, em menor medida, na Europa, que reduz lentamente as restrições.

O ministério indiano da Saúde reportou nesta quinta-feira (22) 314.835 novos casos de covid-19, um balanço diário que nenhum país havia registrado até agora, elevando o total de contágios na Índia a 15,9 milhões desde o início da pandemia.

No entanto, o número de casos e mortes em proporção à população continua sendo significativamente menor na Índia do que em muitos outros países.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, registrou 383.502 falecidos, o dobro da Índia, onde vivem 1,3 bilhão de pessoas.

Na Índia, onde foram contabilizadas 2.074 mortes nas últimas 24 horas, o balanço da pandemia beira os 185.000 falecidos.

A crise sanitária está sendo agravada pela escassez de oxigênio e de leitos livres nos hospitais, o que pressiona muitos cidadãos a pagar preços exorbitantes no mercado negro para socorrer seus familiares.

"Meu amigo está desesperado [...] A maioria dos fornecedores de oxigênio desligaram seus telefones", declarou Zain Zaidi, funcionário de um hotel el Lucknow (norte). "Só consegue encontrar um fornecedor, mas ele cobra 20.000 rúpias (265 dólares). Tenho que comprá-lo custe o que custar".

O aparecimento da nova variante indiana representa uma nova ameaça relacionada com a pandemia e países como o Canadá, a França e os Emirados Árabes endureceram seus controles a viajantes indianos ou inclusive suspenderam suas conexões aéreas com a Índia.

As autoridades sanitárias belgas informaram nesta quinta a detecção pela primeira vez na Bélgica de casos da variante indiana, que contém duas mutações potencialmente preocupantes.

Em todo o mundo, o coronavírus matou mais de 3 milhões de pessoas e contagiou 144 milhões, segundo um balanço feito pela AFP nesta quinta-feira, com base em fontes oficiais.

- Uma vacinação muito desigual -

A pandemia castiga a América Latina e o Caribe, a segunda região mais afetada do mundo - atrás da Europa -, com 878.815 mortos e 27,6 milhões de casos.

No Equador, diante da "velocidade acelerada de contágio" da covid-19, o presidente Lenín Moreno decretou estado de exceção em 16 das 24 províncias durante 28 dias, atendendo ao apelo do Comitê de Operações de Emergência.

O país, de 17,5 milhões de habitantes, registrou 363.000 casos de covid-19 e mais de 17.800 falecidos.

No Brasil, o segundo país do mundo em número total de falecidos, as cifras de óbitos se estabilizaram há uma semana em um platô elevado de mais de 2.500 mortes diárias.

Enquanto isso, as autoridades do Peru informaram que o país está no pico da segunda onda, após registrarem 300 mortes diárias.

A América Latina vacinou menos de 10% da sua população e seus líderes coincidiram em denunciar que na região não chegam doses suficientes de imunizantes.

- Europa começa a suspender o confinamento -

Em contraste, nos Estados Unidos, o país mais afetados em termos absolutos, com 569.404 mortos e 31.862.401 contágios, já foram aplicadas mais de 200 milhões de doses, mais do que as previstas para estas datas.

O Reino Unido, que aplicou pelo menos uma dose em 33 milhões de seus habitantes, informou a ocorrência de 168 casos de graves coágulos sanguíneos - 32 dos quais resultaram em mortes - entre os milhões de britânicos vacinados com o fármaco da AstraZeneca.

A Alemanha anunciou, por sua vez, que pretende comprar 30 milhões de doses da vacina russa Sputnik V contra a covid-19, embora ainda não tenha sido autorizada pelo órgão regulador europeu.

Além de tentar acelerar as campanhas de vacinação, os governos europeus também reduzem as restrições.

A Itália voltará a abrir as áreas externas de seus restaurantes a partir de 26 de abril, mas apenas nas regiões consideradas de menor risco de contágio.

Na França, o governo conclui a primeira etapa de desconfinamento. No dia 26 de abril as escolas voltarão a abrir e em 3 de maio será suspensa a proibição aos deslocamentos para além de um raio de 10 km.

O auge da terceira onda da pandemia de covid-19 "parece ter ficado para trás", disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro francês, Jean Castex, durante coletiva de imprensa na qual confirmou que as restrições à circulação serão relaxadas a partir do começo de maio.

Mas o panorama continua incerto, especialmente na economia. O Banco Central Europeu considerou que as perspectivas econômicas "são ofuscadas pela incerteza" provocada pela terceira onda da covid-19.

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