Em uma reunião realizada pelos administradores desta falência com 41 credores, incluindo Softbank, Credit Suisse, a fundação da família do fundador Lex Greensill e a Associação de Bancos Alemães, "os credores decidiram colocar a empresa em liquidação", anunciou Grant Thornton, o escritório encarregado de gerenciar o dossiê.
A liquidação significa que os gestores não encontraram compradores após uma tentativa frustrada de vender parte dos ativos à empresa de investimentos americana Apollo.
Além da empresa matriz na Austrália, Greensill pediu concordata no mês passado no Reino Unido, onde mantém a maior parte de suas operações, e na Alemanha, onde possui uma subsidiária bancária.
A falência da Greensill, especializada em empréstimos de curto prazo a empresas para que paguem seus fornecedores, gerou uma onda de preocupação no setor financeiro e na indústria.
Em um esquema que pode ser uma reminiscência das configurações da crise financeira de 2008, a Greensill obteve financiamento convertendo a dívida detida por estas empresas em produtos financeiros que vendeu a grandes investidores.
A queda foi causada por uma seguradora que se recusou a renovar a cobertura de suas transações.
Sua estrutura e transações opacas levantaram suspeitas de fraude e dúvidas sobre o valor de seus ativos.
A falência causou pesadas perdas ao Credit Suisse, por exemplo, e ameaça o império industrial do magnata anglo-indiano do aço Sanjeev Gupta, que era um de seus principais clientes e emprega dezenas de milhares de pessoas na Austrália, França e Reino Unido.
O caso também tem ramificações políticas no Reino Unido, onde o ex-primeiro-ministro David Cameron foi duramente criticado por pressionar o governo britânico em nome da Greensill, de quem era conselheiro.
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LONDRES