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Estado de Minas WUHAN

Especialistas da OMS não encontram provas da origem do vírus em Wuhan


09/02/2021 17:35 - atualizado 09/02/2021 17:37

Várias hipóteses, mas nenhuma certeza. Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) em missão na China anunciaram na terça-feira (9) que não encontraram evidências conclusivas da origem de uma pandemia que continua causando estragos no mundo e novas restrições.

O Reino Unido, o país mais enlutado da Europa pela pandemia, com quase 113 mil mortes, reforçou suas restrições na terça-feira para conter o vírus e forçará os viajantes que entrarem em seu território a se submeterem a dois testes de PCR durante a quarentena obrigatória de 10 dias.

A Espanha, que ultrapassou os três milhões de infecções nesta terça-feira, também anunciou a prorrogação até 2 de março das limitações impostas aos voos do Reino Unido, Brasil e África do Sul, países onde foram detectadas novas variantes.

Prevenir novas epidemias semelhantes era o objetivo da missão da OMS na China para desvendar a origem do novo coronavírus, mas, além de excluir quase completamente que o vírus escapou de um laboratório de Wuhan, não identificou o animal que poderia transmiti-lo homem.

Uma transmissão do coronavírus de um animal para outro e depois ao ser humano é a hipótese "mais provável", afirmou em coletiva de imprensa Peter Ben Embarek, coordenador da delegação. Porém, serão necessárias "investigações mais específicas".

O especialista também apontou uma possível transmissão "por meio do comércio de produtos congelados". "Seria interessante examinar se um animal selvagem congelado que foi infectado poderia ter sido o vetor em potencial", disse.

A transmissão por um animal é provável, mas "ainda não foi identificada", disse Liang Wannian, chefe da equipe de cientistas chineses que trabalharam com a OMS em Wuhan, onde os primeiros casos foram registrados.

A missão da OMS teve dificuldades para acontecer porque a China relutou em permitir a entrada no país de especialistas internacionais de diferentes áreas, que incluíram, entre outras, epidemiologia e zoologia.

A OMS já havia alertado que seria necessário ter muita paciência para encontrar respostas.

Ao mesmo tempo, a esperança está nas vacinas. Mais de 135 milhões de doses foram aplicadas em todo o mundo, segundo um balanço atualizado da AFP nesta terça-feira, com base em fontes oficiais.

- Polêmica -

A missão da OMS termina em meio a uma polêmica sobre a eficácia da vacina da AstraZeneca para as pessoas com mais de 65 anos e contra a variante sul-africana do vírus.

A África do Sul, por exemplo, suspendeu o início de sua campanha de vacinação após um estudo que mostrou eficácia "limitada" da vacina da AstraZeneca contra a cepa local.

É "cedo demais para descartar esta vacina", que é "uma parte importante da resposta global à atual pandemia", alertou Richard Hatchett, um dos responsáveis pelo mecanismo da Covax para garantir uma distribuição justa da mídia contra a covid-19.

Além da polêmica com a AstraZeneca, muitos países tentam acelerar as campanhas de vacinação e a aprovação de novos fármacos, enquanto continuam a aplicar restrições.

Na Bolívia, médicos e profissionais de saúde da região de Santa Cruz (leste), a mais punida, iniciaram uma greve de 48 horas na terça-feira para exigir a quarentena obrigatória.

O Peru, duramente atingido pela segunda onda, começou a vacinação na terça-feira, dois dias após a chegada das primeiras 300 mil doses da farmacêutica chinesa Sinopharm.

A Argentina, que já autorizou a Sputnik V, aprovou nesta terça-feira o uso em caráter emergencial da vacina Covishield, do laboratório indiano Serum Institute.

O Irã, país do Oriente Médio mais afetado pela pandemia, começou nesta terça-feira a campanha de imunização com a vacina russa Sputnik V.

E, na Europa, a chanceler alemã, Angela Merkel, se mostrou a favor de prolongar as restrições apesar do descontentamento; A Grécia vai impor um bloqueio mais rígido até 28 de fevereiro; e o vigente em Portugal poderia ser prorrogado até meados de março.

- "Crise de saúde mental" -

Nos Estados Unidos, a variante do vírus identificada inicialmente no Reino Unido se propaga rapidamente. Os casos dobraram em 10 dias e ameaçam provocar um novo pico epidêmico, segundo um estudo.

Além disso, a pandemia está provocando uma "crise de saúde mental" para muitos, em particular os mais jovens, alertam médicos, professores, pais e o governo.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), de março a outubro, as visitas a hospitais de emergências para saúde mental de jovens de 12 a 17 anos aumentaram 31% em relação a 2019, e de crianças de 5 a 11 anos, 24%.


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