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Estado de Minas VACINA

Reino Unido: mineira relata como tem sido a pandemia nos países europeus

Laryssa Mariano, de 33 anos, mora em Cambridge, na Inglaterra, com o marido e duas filhas. Ela fala sobre a expectativa da vacina e como tem sido o lockdown


08/12/2020 15:03 - atualizado 08/12/2020 16:09

Laryssa Mariano, de 33 anos, com o marido e as duas filhas(foto: Arquivo pessoal)
Laryssa Mariano, de 33 anos, com o marido e as duas filhas (foto: Arquivo pessoal)
Após mais de nove meses desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Reino Unido começou a vacinar os grupos de risco e profissionais da saúde. Mas, mesmo com o início da distribuição em massa, as pessoas vão precisar continuar mantendo as medidas de segurança - distanciamento, uso de máscaras, quarentena, etc. - até que toda a população receba a imunização.
 
A vacina produzida pela Pfizer/BioNTech vai ser distribuída em cerca de 70 hospitais do Reino Unido para pessoas com mais de 80 anos e parte dos profissionais da saúde e de asilos. Segundo relatos de brasileiros que moram nos países europeus, grande parte da população está confiante na vacina que começou a ser aplicada em grupos prioritários nesta terça-feira (08/12). 

Laryssa Mariano, de 33 anos, é mineira e mora na Inglaterra com o marido, que é inglês, e suas duas filhas. Ela conta que a expectativa da população é de que no verão europeu (julho de 2021) tudo já esteja normalizado. “Todo mundo está confiante e achando que no verão que vem já vai ser meio que vida normal. Tem muita gente planejando viagens para o meio do ano que vem”, disse.

Lockdown

O Reino Unido é o quinto país com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus. São mais de 56 mil, total superado apenas pelos Estados Unidos, Brasil, Índia e México.

O primeiro lockdown foi decretado entre 23 de março a 4 de julho. Neste período, as pessoas só podem deixar sua casa por motivos específicos como educação, trabalho, exercícios, compras essenciais e de remédios ou para cuidar de vulneráveis.

Em outubro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou a anunciar medidas de lockdown no Reino Unido para conter o avanço da segunda onda de coronavírus. O fim do segundo bloqueio foi na terça-feira (01/12) e, um estudo do Imperial College mostrou que a taxa de infecções por coronavírus na Inglaterra caiu 30% durante este período.

Laryssa relata como foi passar por dois bloqueios na cidade. “O primeiro decreto de lockdown foi mais difícil porque tivemos que nos isolar completamente, já que minha filha pequena tinha sido classificada como alto risco por ser prematura. Já no segundo momento, o que nos ajudou bastante foi que as escolas continuaram abertas, então minha filha mais velha continuou estudando”, afirmou.

Escolas

A fotógrafa conta que as escolas estão funcionando com esquemas de “bolhas”. Nas creches, por exemplo, as bolhas são menores e em cada sala com cerca de 30 alunos. Caso algum deles ou um familiar for diagnosticado com Covid, toda a bolha precisa fazer quarentena de duas semanas. “Na escola da minha filha não teve nenhum caso nesse tempo todo e tem funcionado”, relata.

Mas, a situação é outra quando envolve jovens estudantes nas universidades. Laryssa disse que “adolescentes e jovens têm dado trabalho” e optaram pelas aulas on-line. “Mesmo assim ainda tem vários casos, porque aqui os alunos geralmente vão estudar em outras cidades e vivem em moradias universitárias”, explica.

Natal

Para comemorar as festas de fim de ano, os países do Reino Unido vão flexibilizar as medidas restritivas. Entre os dias 23 e 27 de dezembro, as chamadas “bolhas natalinas”, que podem ser formadas por membros de até três famílias, podem se reunir.

O Natal, para Laryssa, vai ser com a família, os sogros e a cunhada. Ela conta que, por causa das medidas, a celebração vai ser dividida. “Dois dos meus cunhados e as esposas não virão, vão passar com a família das companheiras por conta da regra de três”, lamentou. 
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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