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Estado de Minas

Cuba e Irã reforçam aliança frente a sanções americanas


06/11/2020 18:49

Cuba e Irã dialogaram para fortalecer sua aliança nesta sexta-feira (6) em Havana com um encontro de seus chanceleres, antes da definição de quem será o próximo presidente dos Estados Unidos.

"Muito feliz de estar aqui para discutir nossa cooperação (...). Irã e Cuba têm enfrentado as pressões dos Estados Unidos, pressões que só podem ser consideradas como um terrorismo econômico", disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mahammad Javad Zarif, ao saudar seu homólogo cubano, Bruno Rodríguez, em um encontro realizado no salão de protocolo do Laguito (oeste de Havana).

No início da visita a trabalho feita à ilha, muito questionada por Washington, Zarif prometeu a cooperação entre os dois países "em todas as áreas, principalmente nos campos da energia, ciência e tecnologia, não serão afetadas por essas sanções" americanas.

Por sua vez, o chefe da diplomacia cubana destacou que a visita de Zarif "é uma ocasião importante para continuar aprofundando nosso diálogo político de alto nível e promovendo laços econômicos, comerciais, de cooperação, culturais, científicos e acadêmicos".

O governo de Donald Trump se retirou do acordo nuclear com o Irã e impôs sanções econômicas a Teerã, incluindo o setor petrolífero. No caso de Cuba, decretou mais de 130 medidas restritivas para reforçar o bloqueio que Washington aplica sobre a ilha desde 1962.

Rodríguez reiterou a condenação do seu país "às medidas coercitivas unilaterais impostas pelo governo dos Estados Unidos à irmã República do Irã", e defendeu seu "direito ao uso pacífico da energia nuclear.

Antes do diálogo dos chanceleres, o jornal Granma, pertencente ao Partido Comunista, adiantou que o encontro seria marcado pela "solidariedade mútua entre ambas nações, diante da intensificação das sanções do atual governo dos Estados Unidos a países que não respondem a sua vontade".

O jornal também informou que o ministro das Relações Exteriores iraniano "discutirá possíveis laços comerciais e de cooperação" com o vice-primeiro-ministro Ricardo Cabrisas.

Antes da chegada de Zafir a Cuba na noite de quinta-feira, procedente de Caracas, a embaixada dos Estados Unidos em Havana reagiu com um tuíte do subsecretário de Estado Michael Kozak.

"Zarif do Irã e o regime de Castro têm muito em comum: abusos dos direitos humanos, autoritarismo, roubo de riquezas da Venezuela e disseminação de sua influência maligna pelo mundo. Suas relações refletem sua falta de legitimidade", disse.

Segundo o Granma, depois de encerrada a visita a Cuba, o chanceler iraniano "participará da posse do presidente eleito boliviano, Luis Arce, no próximo domingo".


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