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Estado de Minas

Ciclone Eta deixa cerca de 150 mortos ou desaparecidos na Guatemala


06/11/2020 15:25

Cerca de 150 pessoas morreram ou estão desaparecidas na Guatemala devido aos deslizamentos de terra causados pelas chuvas torrenciais do ciclone Eta, especialmente em uma aldeia indígena que foi soterrada, informou o presidente Alejandro Giammattei nesta sexta-feira (6).

"Calculamos que, entre mortos e desaparecidos, os números não oficiais nos mostram mais ou menos 150 mortes", declarou o presidente em entrevista coletiva ao relatar os estragos causados pela tempestade.

Os países do istmo permaneceram cobertos de neblina ou chuvas leves nesta sexta-feira, um alívio após as tempestades causadas pelo Eta na região desde terça-feira, quando atingiu o costa norte caribenha da Nicarágua como um poderoso furacão de categoria 4.

O ciclone deixou o norte de Honduras na tarde de quinta-feira, se transformou em depressão tropical e voltou ao Caribe, onde pode se fortalecer novamente em uma tempestade tropical ao se mover em direção a Cuba, de acordo com projeções do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

As autoridades cubanas começaram a se preparar para conter o impacto do ciclone, que atingirá a ilha no próximo domingo. Na Guatemala, que sofreu mais de 50 mortes em deslizamentos de terra em áreas empobrecidas no norte e noroeste do país, as autoridades de socorro alertaram a população sobre mais chuvas.

"As chuvas continuarão por mais três ou quatro dias", disse à AFP principalmente no nordeste da Guatemala, David de León, porta-voz do Coordenador de Redução de Desastres (Conred).

As equipes de socorro não conseguiram chegar à aldeia Quejá, no departamento norte de Alta Verapaz, onde, de acordo com o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, mais de 50 pessoas foram mortas em um deslizamento que enterrou cerca de vinte casas.

De León disse que centenas de pessoas continuam em risco, 18 estão desaparecidas e 4.724 estão abrigadas na Guatemala.

- Comunidades ilhadas -

Na Nicarágua, onde o Eta chegou com fortes ventos e aguaceiros que deixaram casas e prédios sem teto e árvores arrancadas, as chuvas persistiram nesta sexta-feira no Pacífico e no norte do país, enquanto os rios do Caribe continuam subindo, segundo autoridades.

A mídia local noticiou que a cidade de Bilwi, onde o Eta impactou, permanece isolada pelo crescente rio Wawa, que só pode ser atravessado por balsas, enquanto os moradores tentam reconstruir suas casas.

O ciclone causou a morte de dois mineiros no Caribe nicaraguense, embora as autoridades não tenham prestado contas dos estragos do Eta, reconheceu o vice-presidente e porta-voz do governo Rosario Murillo.

Em Honduras, oito pessoas morreram em decorrência de deslizamentos e enchentes, embora Marvin Aparicio, da Comissão Permanente de Contingência (Copeco), admitisse que poderia haver mais vítimas.

Mais de 7.000 pessoas tiveram que ser abrigadas e outros milhares permaneceram incomunicáveis devido às enchentes no norte do Vale de Sula, o centro industrial de Honduras.

Moradores daquela região ligaram para os canais de televisão desde quinta-feira para pedir ajuda para serem despejados.

"Precisamos de um barco ou de um helicóptero. Estamos há dois dias sem comer, somos cerca de 60 pessoas com crianças", reclamou uma mulher que ligou nesta sexta-feira de Ciudad Planeta, perto do aeroporto de San Pedro Sula, para o noticiário Hoy mismo.

- População realojada -

No Panamá, os danos se concentraram na província de Chiriquí, na fronteira com a Costa Rica, onde cinco pessoas morreram em deslizamentos, incluindo três crianças, embora as autoridades de proteção civil temam que haja mais vítimas.

Em Chiriquí, a tempestade causou os maiores danos, destruindo casas, estradas, pontes e plantações, segundo o governo panamenho.

Na Costa Rica, duas pessoas foram mortas em um deslizamento de terra que cobriu suas casas nesta quinta-feira no cantão de Coto Brus, na fronteira com o Panamá, enquanto 20 estradas foram bloqueadas, segundo a Comissão Nacional de Emergência (CNE).

Cerca de 1.400 pessoas foram transferidas para abrigos, principalmente no sul e na costa do Pacífico, onde as chuvas deixadas pelo Eta causaram enchentes de rios que inundaram grandes áreas da Costa Rica.

El Salvador registrou um pescador morto na quinta-feira, enquanto cerca de 1.700 pessoas permanecem abrigadas devido ao risco de enchentes, segundo a proteção civil.

A mudança climática produz um aumento da temperatura nas camadas superficiais dos oceanos, o que gera furacões e tempestades mais potentes e com maior quantidade de água, constituindo uma ameaça mais perigosa para as comunidades costeiras, segundo estudos do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre o Mudanças climáticas (IPCC).


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