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Estado de Minas ESTADOS UNIDOS

Trump e Biden travam último debate antes da eleição com menos agressividade

Com visões antagônicas sobre o país, candidatos fizeram o último embate de forma menos agressiva e advertiram sobre o futuro a ser decidido nas urnas em 3 de novembro


23/10/2020 04:00 - atualizado 23/10/2020 07:42

Democrata Joe Biden e republicano Donald Trump ficaram frente a frente pela última vez antes das eleições(foto: Chip Somodevilla/Getty Image/AFP)
Democrata Joe Biden e republicano Donald Trump ficaram frente a frente pela última vez antes das eleições (foto: Chip Somodevilla/Getty Image/AFP)
Pela última vez, o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden estiveram frente a frente, ontem, sem barreira de acrílico e de forma menos caótica do que no primeiro duelo, em 29 de setembro. A 12 dias das eleições, no debate em Nashville (Tennessee), o presidente dos Estados Unidos anunciou que a vacina contra a COVID-19 estará pronta em poucas semanas, defendeu sua política de combate à pandemia do coronavírus — que matou 222 mil norte-americanos —, voltou a culpar a China e previu um futuro brihante para o país.

“Fechamos a maior economia do mundo para conter essa pandemia que veio da China. (…) Temos uma vacina a caminho, que está pronta e será anunciada em poucas semanas”, declarou Trump, ao assegurar que foi parabenizado por vários líderes mundiais pela resposta à doença. “Esperamos ter 100 milhões de frascos (da vacina) assim que estiverem prontos”, acrescentou o magnata, dessa vez menos agressivo. “Qualquer um que seja responsável por tantas mortes não deveria permanecer como presidente. (…) Ele disse que estamos aprendendo a viver com isso. As pessoas estão aprendendo a morrer com isso. Você, que está em casa e tem uma cadeira vazia ao lado, preste atenção: estamos morrendo”, respondeu Biden.

Para tentar convencer o eleitorado e reverter as pesquisas, Trump respondeu à ultima pergunta – sobre o que diria, na posse, aos que não votaram neles – com ataque à China e incitação ao medo. “Temos que voltar a ter um país com sucesso total, como antes dessa praga chinesa. Estamos reconstruindo (a nação) com números incríveis, com milhões e milhões de empregos. Estamos na estrada do sucesso. Se ele (Biden) entrar, teremos uma depressão como nunca antes vista”, advertiu.

Por sua vez, Biden declarou que governará para toda a população e criará milhões de empregos. Ambos candidatos se focaram na esperança e no medo para seduzir os indecisos. Pelo menos 47 milhões dos 240 milhões de eleitores, o equivalente a 19,5%, enviaram seus votos pelos correios, um número recorde.

No segundo tema do debate, eles responderam sobre as acusações de interferência estrangeira nas eleições de 3 de novembro. “Qualquer país, se interferir nas eleições americanas, pagará um preço. Se você interfere na soberania do país, você deve pagar. Está muito claro que a China, a Rússia e o Irã estão envolvidos”, disse o democrata, que questionou o motivo pelo qual o republicano não falou nada sobre isso com o colega russo, Vladimir Putin.

Trump reagiu com uma acusação contra o oponente. “Joe recebeu US$ 3,5 milhões que vieram da Rússia, de Putin. Ele era muito amigo do ex-prefeito de Moscou”, atacou. Biden garantiu que não recebeu “nenhum centavo de nenhum outro país” e lembrou que Trump mantém contas secretas na China.

Pressionado por Biden e pela mediadora, Trump prometeu liberar as próprias contas (do imposto de renda) “assim que puder”. “Paguei milhões e milhões de dólares. Não ganhei dinheiro da Ucrânia, você que recebeu”, disparou o presidente, em direção ao rival.

O titular da Casa Branca voltou a associar Hunter Biden, filho de Joe, a suspeitas de corrupção envolvendo a empresa ucraniana de produção de energia Burisma. Trump afirmou que, quando Biden se tornou vice, a Burisma pagou US$ 183 mil por mês a Hunter e um repasse adiantado de US$ 3,5 milhões. “Quem ficou em apuros na Ucrânia foi esse cara, que tentou subornar o governo (de Kiev) contra mim. Meu filho não ganhou dinheiro”, assegurou, ao explicar que Hunter foi alvo de uma investigação que o isentou de qualquer malfeito.

Trump voltou a criticar o Obamacare — plano de subsídios de seguro-saúde criado pelo ex-presidente Barack Obama. “O Obamacare não é bom. Não importa o quão bem ele seja gerenciado. O que vamos fazer é encerrá-lo”, avisou o republicano. “Queremos dar um plano de saúde acessível às pessoas, e é isso que vamos fazer”, devolveu Biden. Ao se confrontado sobre o tema da imigração, Trump demorou a responder sobre 540 crianças separadas nas fronteiras cujos pais ainda não foram encontrados. “Crianças são trazidas aqui por transportadores ilegais, cartéis. (…) Estamos tentando reunir as crianças com os pais”, afirmou. Biden sublinhou que as crianças foram separadas na fronteira para desincentivar a travessia. “Elas foram separadas dos pais, e isso nos torna uma piada no mundo.”


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