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Estado de Minas

Procuradoria guatemalteca apreende US$ 16 milhões de supostos subornos


16/10/2020 19:01

A Procuradoria Especial da Guatemala contra a Impunidade apreendeu uma quantia equivalente a quase 16 milhões de dólares escondidos em uma residência na cidade turística de Antigua, supostamente produto de subornos a um ex-funcionário do governo, informou a entidade judicial anticorrupção nesta sexta-feira (16).

O dinheiro em quetzales (moeda local), dólares e euros foi encontrado em 22 malas "empilhadas" em um banheiro da casa vazia na Antígua colonial, 20 quilômetros a sudoeste da Cidade da Guatemala, disse Juan Francisco Sandoval, do Ministério Público, em entrevista coletiva Especial Contra a Impunidade (FECI).

Sem dar detalhes sobre o suposto dono do dinheiro, Sandoval explicou que na última quarta-feira iniciaram a batida na residência - propriedade de uma empresa não revelada - após serem alertados por uma fonte sobre a existência do dinheiro.

Com "a magnitude da descoberta", o processo de apuração e fiscalização do local terminou nesta sexta-feira, sem obter quaisquer capturas.

"A Procuradoria recebeu informações relacionadas à existência de um imóvel onde havia grande quantidade de dinheiro armazenado", disse Sandoval.

"Segundo informações da fonte, esse dinheiro pode ser fruto de comissões ilegais de um funcionário público de uma administração governamental anterior à atual", acrescentou o procurador, que evitou dar maiores detalhes sobre o caso que ainda está sob investigação.

Câmeras ocultas conectadas à internet também foram encontradas na casa, com as quais a Procuradoria suspeita que os movimentos nesta residência localizada na periferia nordeste de Antígua tenham sido monitorados do lado de fora.

A FECI, vinculada ao Ministério Público, investiga casos de corrupção de alto impacto. A instância trabalhou de mãos dadas com a extinta Comissão Internacional da ONU contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), que descobriu vários escândalos.

Um dos principais foi a revelação de uma fraude alfandegária que levou à renúncia, em 2015, do então presidente Otto Pérez (2012-2015), acusado de liderar uma rede que cobrava propina de empresários para sonegar impostos.

Ativistas sociais e o próprio Sandoval denunciaram que a FECI continua perseguida por grupos a favor da impunidade no país devido ao seu trabalho.


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