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Estado de Minas

HRW pede sanções por mortes de civis na Síria, possíveis "crimes contra a humanidade"


15/10/2020 06:55

Os ataques contra alvos civis durante uma ofensiva da Síria e da Rússia na região de Idlib (noroeste da Síria) podem ser crimes contra a humanidade, afirma a ONG Human Rights Watch, que pede sanções internacionais contra os responsáveis pelas operações militares.

Em um relatório de 167 páginas, que tem como título "Tomar como alvo a vida em Idlib", a organização cita 46 ataques aéreos e terrestres contra as infraestruturas civis nesta região do noroeste da Síria, que não é controlada por Damasco, cometidos entre abril de 2019 e março de 2020.

Os ataques "se assemelham a crimes de guerra e podem constituir crimes contra a humanidade", afirmou a HRW.

As ações foram executadas pelo exército sírio e a Rússia, sua aliada, com um balanço de pelo menos 224 civis mortos, de acordo com a ONG que tem sede em Nova York.

A HRW destaca que os ataques são apenas uma parte das ações contra a população civil no período.

"Os ataques da aliança da Síria e Rússia contra hospitais, escolas e mercados de Idlib mostram uma falta de respeito implacável pela vida dos civis", denunciou Kenneth Roth, diretor da HRW.

"Os ataques ilegais recorrentes parecem integrar uma estratégia militar deliberada que tem por objetivo destruir as infraestruturas civis e provocar a fuga da população para permitir que o governo sírio retome o controle mais facilmente", completou.

A operação militar contra Idlib, último reduto que não está sob controle do regime de Bashar al-Assad e onde vivem três milhões de pessoas, forçou a fuga de milhões de sírios.

Em março, uma trégua conseguiu acabar com a maioria dos combates.

A HRW baseia o relatório nos depoimentos de quase 100 vítimas e testemunhas, nas análises de imagens obtidas via satélite e de fotografias e vídeos dos locais dos ataques.

A organização humanitária pediu uma resolução da ONU e sanções contra os responsáveis por estes ataques contra a população civil. A HRW citou 10 civis e militares sírios e russos responsáveis pelos ataques.


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