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Estado de Minas PANDEMIA

Pesquisadores dizem que descobriram primeiro caso de reinfecção por coronavírus

Especialistas alertam para casos com conclusões precipitadas, enquanto estudo de universidade de Hong Kong ainda aguarda publicação


24/08/2020 15:45 - atualizado 24/08/2020 16:59

Morador de Hong Kong foi diagnosticado com COVID-19 cinco meses após primeira infecção pela doença(foto: Jung Yeon-je/AFP)
Morador de Hong Kong foi diagnosticado com COVID-19 cinco meses após primeira infecção pela doença (foto: Jung Yeon-je/AFP)
Pesquisadores de Hong Kong anunciaram, nesta segunda-feira (24), que descobriram o primeiro caso comprovado no mundo de reinfecção da COVID-19, mas especialistas enfatizam que é muito cedo para tirar conclusões sobre o resto da pandemia.

"Este caso mostra que uma reinfecção pode ocorrer apenas alguns meses após a cura de uma primeira infecção", disse o Departamento de Microbiologia da Universidade de Hong Kong (HKU) em um comunicado, segundo o qual quatro meses e meio ambas as duas infecções.


Segundo os pesquisadores, uma análise genética mostrou que essas duas infecções sucessivas no mesmo paciente foram causadas por duas cepas diferentes do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19.


"Nossos resultados sugerem que o SARS-CoV-2 pode persistir na população, como é o caso de outros coronavírus responsáveis por resfriados comuns, mesmo que os pacientes tenham adquirido imunidade", continuam os pesquisadores do HKU.


"Como a imunidade pode não durar muito após uma infecção, a vacinação deve ser considerada até mesmo para pessoas que já foram infectadas", consideram.


O paciente, um homem de 33 anos que mora em Hong Kong, apresentou teste positivo pela primeira vez em 26 de março após apresentar sintomas (tosse, dor de cabeça e de garganta, febre). Uma vez curado, ele deu negativo duas vezes.


Mas em 15 de agosto, ele testou positivo novamente. É importante ressaltar que desta vez ele não apresentou sintomas: sua doença só foi descoberta por meio de um teste de rastreamento no aeroporto de Hong Kong, quando voltava da Espanha pelo Reino Unido.


"É improvável que a imunidade coletiva consiga eliminar o SARS-CoV-2, embora as seguintes infecções possam ser menos graves que a primeira, como foi o caso deste paciente", escreveram os pesquisadores em seu estudo.


A pesquisa foi, segundo eles, aceita nesta segunda-feira pela revista médica americana Clinical Infectious Diseases e aguarda publicação.


Nos últimos meses, diversos casos de possível reinfecção foram mencionados em todo o mundo, sem certeza absoluta. A questão da imunidade para a COVID-19 é cercada por muitas incógnitas.


No entanto, os especialistas alertam contra conclusões precipitadas.


"É difícil tirar conclusões firmes de um único caso. Considerando o número de infecções em todo o mundo, ver um caso de reinfecção não é tão surpreendente", comentou o Dr. Jeffrey Barrett, do Instituto Wellcome Sanger.


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