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Estado de Minas PROTESTO

Canadá suspende tratado de extradição com Hong Kong

A medida foi tomada em protesto a nova lei chinesa de segurança nacional


postado em 03/07/2020 16:26 / atualizado em 03/07/2020 17:10

Primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que considera a situação preocupante(foto: Radio France Internacionale/ REUTERS/ Chris Bolin)
Primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que considera a situação preocupante (foto: Radio France Internacionale/ REUTERS/ Chris Bolin)
O Canadá suspendeu seu tratado de extradição com Hong Kong nesta sexta-feira (3) para protestar contra a nova lei de segurança nacional promulgada pela China para este centro financeiro.


O Canadá também interrompeu as exportações de equipamentos militares sensíveis para Hong Kong e aconselhou seus cidadãos que viajam para o ex-território britânico que se informem como a lei pode afetá-los, disse o Ministério das Relações Exteriores.


Esta semana, a China promulgou uma lei que proíbe atos de subversão, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras.


"O Canadá acredita firmemente em um sistema de dois países", disse o primeiro-ministro Justin Trudeau, referindo-se ao modelo semiautônomo adotado após a Grã-Bretanha devolver Hong Kong à China em 1997.


"Estamos muito preocupados com a situação" da ex-colônia britânica, acrescentou.


"A partir de agora o Canadá tratará as exportações de bens sensíveis para Hong Kong da mesma forma que as enviadas à China. O Canadá não autorizará as exportações de artigos militares sensíveis a Hong Kong", afirmou.


O primeiro-ministro ressaltou a importância dada por Ottawa ao princípio de "um país, dois sistemas", não apenas para os 7,5 milhões de cidadãos de Hong Kong, mas para os "300.000 canadenses que vivem" no território.


"É por isso que continuaremos analisando medidas para garantir a segurança" desses cidadãos, por exemplo, "no caso de imigração", disse Trudeau.


"O papel de Hong Kong como centro mundial foi construído nessa base. Sem ela, o Canadá se vê obrigado a reavaliar os acordos existentes", disse por sua vez o ministro das Relações Exteriores, François-Philippe Champagne.


A nova legislação chinesa "foi aprovada em um processo secreto, sem a participação do poder legislativo, do judiciário ou do povo de Hong Kong, obstruindo as normas internacionais", argumentou.


"Esse processo demonstrou um desprezo pela Lei Básica de Hong Kong e ao alto grau de autonomia prometido ao território sob o marco de 'um país, dois sistemas'", explicou o ministro.


As relações entre o Canadá e a China estão passando por uma crise sem precedentes por causa do procedimento de extradição aos EUA, iniciado pelo Canadá, contra a Huawei, a gigante de telecomunicações chinesa.


Pequim enfrenta uma onda de críticas, principalmente das nações ocidentais, por essa lei, que aumenta radicalmente seu controle sobre Hong Kong.


As autoridades chinesas dizem que o novo dispositivo restaurará a estabilidade do território após um ano de protestos e nega que a lei sufoque as liberdades.


A polícia, entretanto, já começou a prender pessoas por possuírem bandeiras e cartazes de protesto, enquanto o governo de Hong Kong deixou claro que certas visões políticas, especialmente as que exigem independência, agora são proibidas.


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