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Estado de Minas

Trump visita Monte Rushmore enquanto país bate recorde de casos de COVID-19


postado em 03/07/2020 10:25

Em meio às críticas pelo avanço da COVID-19 nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visita nesta sexta-feira (3) o Monte Rushmore para uma noite de fogos de artifício com a expectativa de despertar um sentimento de união que tem se mostrado enganoso.

Às vésperas do feriado nacional de 4 de Julho, o presidente republicano pronunciará um discurso diante do monte de granito onde estão esculpidos os rostos de quatro de seus antecessores históricos, George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln.

Trump, que há vários dias parece ignorar o grande aumento dos casos de coronavírus em muitos estados, expressou seu entusiasmo pelo evento, que deve reunir mais de 7.500 pessoas.

"Será uma noite inesquecível, com fogos de artifício que poucas pessoas já viram. Será muito emocionante", afirmou o presidente.

No momento em que o médico Anthony Fauci, um dos principais especialistas sobre coronavírus da Casa Branca, alerta que o aumento de casos no oeste e no sul dos Estados Unidos põe "todo país" em perigo, cresce a expectativa sobre se Trump usará máscara, como muitos políticos e personalidades lhe exigem - muitos deles republicanos.

Por enquanto, o presidente republicano mantém a mensagem de que "a crise está sendo controlada", que a economia "volta a rugir" e que 2021 será "histórico".

Em contraste com a situação na Europa, porém, os Estados Unidos registram um recorde de novos casos diários. Fauci advertiu que, se persistir a trajetória atual, o país pode atingir um nível de 100.000 novos casos por dia.

- "Não haverá distanciamento" -

Trump espera uma recepção calorosa na Dakota do Sul, um estado pouco povoado que, em 2016, votou 60% a seu favor. A governadora, Kristi Noem, juntou-se ao evento com entusiasmo.

"Para quem quiser se unir, distribuiremos máscaras gratuitas, se decidirem usar uma. Mas não haverá distanciamento social", disse Noem.

O último presidente a visitar o Monte Rushmore foi George W. Bush, em 2002.

Trump fala com fascínio deste lugar, que foi esculpido entre 1927 e 1941 na região montanhosa de Black Hills.

Em 2017, chegou inclusive a mencionar - em tom de brincadeira - a ideia de seu rosto ser incluído na pedra. Algo considerado pouco provável de acontecer, inclusive por considerações que vão para além da política.

"A rocha que rodeia os rostos esculpidos não permite mais esculturas", explicou à AFP a porta-voz do Serviço de Parques Nacionais, Dana Soehn.

"A obra está completa em sua forma atual", frisou Soehn.


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