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Estado de Minas

Milhares de manifestantes contra o racismo e a violência policial na França


postado em 13/06/2020 13:19

Milhares de pessoas protestaram neste sábado (13) em Paris e várias cidades francesas contra o racismo e a violência policial, em um contexto de queixas das próprias forças de segurança que se declaram "abandonadas" pelo governo.

Milhares de pessoas se reuniram na Praça da República em Paris, inicialmente sem incidentes, embora a tensão tenha aumentado nesta tarde, com lançamento de gás lacrimogêneo pela polícia e esporadicamente de objetos e garrafas por parte de alguns manifestantes.

A manifestação foi convocada pelo comitê que leva o nome de Adama Traoré, um jovem negro morto em 2016 após ser preso pela guarda na região parisiana.

Também estão previstos protestos em Marselha (sudeste), Lyon (centro-leste), Montpellier (sul), Nantes e Saint-Nazaire (oeste), assim como em Estrasburgo (leste) no domingo.

Assa Traoré, irmã do jovem morto, foi à manifestação para "denunciar a ausência de justiça" e "a violência social, racial, policial". Pediu também a acusação dos policiais envolvidos na prisão de seu irmão Adama.

Por várias dias, milhares de pessoas foram às ruas para denunciar a violência policial e o racismo na França, em um movimento incentivado pela morte nos Estados Unidos de George Floyd, o homem negro de 46 anos que morreu em 25 de maio em Minneapolis, sufocado por um policial branco.

A pedido do presidente francês, Emmanuel Macron, o ministro do Interior, Christophe Castaner, anunciou na segunda-feira medidas para melhorar a ética das forças de segurança e suspender sistematicamente os policiais em caso de comportamento ou declarações racistas, além de proibir o método de prisão conhecido como "de estrangulamento".

Diante de tais anúncios, os sindicatos policiais declararam que o governo "abandonou" os policiais. Na sexta-feira, policiais de várias cidades do país protestaram devido às declarações do ministro.

Macron planeja fazer um discurso televisionado à nação neste domingo, a princípio focado nas medidas de saída da epidemia de coronavírus, que será assistido tanto por militantes antirracistas como pelos policiais que se declaram abandonados pelo governo.


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