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Estado de Minas

Começa delicada retirada do andaime de Notre-Dame, etapa crucial da restauração

Andaime tem 40.000 peças e pesa 200 toneladas, metade a mais de 40 metros de altura; operários utilizaram um elevador para chegar ao local


08/06/2020 08:49 - atualizado 08/06/2020 09:31

(foto: Philippe LOPEZ / AFP)
(foto: Philippe LOPEZ / AFP)

A operação para desmontar o andaime de Notre-Dame de Paris, instalado antes do incêndio devastador de 2019, começou nesta segunda-feira (8), uma das etapas mais importantes e perigosas do projeto de reconstrução da catedral.


Os operários utilizaram um elevador para chegar ao local.


"Em uma operação como esta, é como um foguete antes de decolar, precisamos checar tudo antes da chegada na terça-feira dos profissionais que desmontarão o andaime", disse Christophe Rousselot, delegado geral da Fundação Notre-Dame.


"Um dos pontos cruciais é a estabilidade da abóbada. Quando estiver resolvido, ficaremos aliviados porque a catedral estará a salvo", disse Rousselot, para quem a desmontagem é uma operação "muito sensível, muito complicada, com um fator de risco significativo".


         Fotos: Veja como ficou a catedral depois do incêndio

"Poderiam cair pedaços do andaime, o que fragilizaria parte da catedral", completou.


O andaime está constituído por 40.000 peças e pesa 200 toneladas, metade a mais de 40 metros de altura.


Foi instalado para restaurar a torre da catedral gótica e resistiu ao desabamento da joia arquitetônica de quase 100 metros de altura durante o incêndio de 15 de abril de 2019, mas foi deformado pelo calor.


Em um primeiro momento foi sustentado com vigas de metal para evitar o desmoronamento. Depois foi instalado um segundo andaime.


A partir de agora, "duas equipes de cinco profissionais farão um rodízio para cortar, com a ajuda de serras, os tubos de metal", afirmou Rousselot.


A operação deve prosseguir durante os próximos meses.


As obras de restauração de Notre-Dame, um dos símbolos de Paris e o segundo monumento histórico mais visitado da Europa, foram interrompidas em várias ocasiões, por diversos motivos como as chuvas, o risco de contaminação por chumbo e a epidemia de coronavírus.


As obras foram retomadas no fim de abril.


A comoção planetária provocada pelo incêndio resultou em promessas de mais de 900 milhões de euros para a reconstrução.


O presidente Emmanuel Macron afirmou que as obras devem terminar em 2024.


Mas até o momento não foi decidido como ficará a catedral restaurada.


De um lado estão os partidários de uma reconstrução idêntica da agulha projetada pelo arquiteto Viollet-le-Duc no século XIX; do outro os que preferem imprimir "um gesto arquitetônico contemporâneo", como defende Macron.


Não faltam ideias originais: uma torre de vidro, um jardim ecológico sobre o telhado ou até um terraço panorâmico para os turistas.


O arquiteto responsável pelas obras, Philippe Villeneuve, defende uma reconstrução fiel à catedral original, o que permitiria cumprir com os prazos previstos.


A respeito das causas do incêndio, que além da agulha devastou o teto de madeira da catedral, a Promotoria de Paris privilegia a hipótese de acidente, como uma problema elétrico ou um cigarro mal apagado.


A investigação não permitiu elucidar até o o momento as circunstâncias exatas e os três juízes de instrução responsáveis pelo caso ainda compilam informações, em especial sobre a zona de origem das chamas, dificilmente acessível.


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