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Estado de Minas VÍDEO

Sebastião Salgado lança manifesto por proteção de povos indígenas contra COVID-19

O fotógrafo mineiro falou sobre a atual situação política no Brasil e sobre as condições enfrentadas pelos povos indígenas no combate à pandemia


postado em 03/05/2020 15:00 / atualizado em 06/07/2020 17:19

O fotógrafo mineiro Sebastião Salgado enviou uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro, assinada por celebridades como Brad Pitt e Madonna, pedindo "medidas urgentes" para salvar os povos indígenas da Amazônia da pandemia de coronavírus.


"Os povos indígenas do Brasil enfrentam uma séria ameaça à sua própria sobrevivência com o surgimento da pandemia do COVID-19", diz a carta, apoiada por uma petição online que até agora reuniu cerca de 200.000 assinaturas.


O fotógrafo de 76 anos ganhou vários prêmios internacionais. Em seu trabalho mais recente, retratou povos da Amazônia.


"Cinco séculos atrás, esses grupos étnicos foram dizimados por doenças trazidas por colonizadores europeus", lembra a carta, assinada por uma lista de celebridades, incluindo Paul McCartney, Richard Gere e Meryl Streep.


"Hoje, com esse novo flagelo se espalhando rapidamente por todo o Brasil", o povo indígena da Amazônia "pode desaparecer completamente, pois não tem como combater o COVID-19". Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o Brasil tem mais de 10,3 mil casos de coronavírus entre indígenas. 


As estrelas aparecem em um vídeo do diretor brasileiro Fernando Meireles, que mostra Salgado pedindo a Bolsonaro que ponha um fim à intromissão econômica na vida dos povos da Amazônia e que "garanta sua proteção".

 

 

Evento na França

Durante o 17° Festival de Fotografia de La Gacilly, na França, o fotógrafo comentou a atual situação política brasileira: "As autoridades brasileiras sabem, sabiam antes, sabem agora, vão  saber depois já que os indígenas não têm um antivírus de proteção contra as doenças que vêm de fora da floresta. Então o incentivo que o presidente Bolsonaro fez: a penetração nos territórios indígenas…e continua fazendo, ele quis fazer. Então é um genocídio realmente". O festival de 2020 homenageia a América Latina.

 


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