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Estado de Minas ESPERANÇA

Teste para coronavírus em 45 minutos é aprovado nos EUA

Agência reguladora norte-americana autoriza exame rápido que deve ser lançado até 30 de março


postado em 23/03/2020 15:06 / atualizado em 23/03/2020 15:20

(foto: Pexels/Divuldação)
(foto: Pexels/Divuldação)

A angústia da espera de resultado de exames para coronavírus pode acabar. Um teste que pode identificar a COVID-19 em aproximadamente 45 minutos foi aprovado nos Estados Unidos pela FDA (Food an Drug Administrattion), agência reguladora de alimentos e medicamentos do país norte-americano.

A empresa de diagnóstico molecular Cepheid, com sede na Califórnia, desenvolveu o produto. A corporação cria, fabrica e comercializa sistemas totalmente integrados para testes no mercado clínico e para aplicação em seu mercado não clínico original

A Cepheid informou que recebeu autorização de uso emergencial da FDA para o teste rápido, que será usado principalmente em hospitais e pronto-socorros. Em comunicado oficial, a FDA afirmou que a Cepheid planeja lançar o teste, chamado de SARS-CoV-2, até 30 de março.

“Com o desenvolvimento do diagnóstico no ponto de atendimento, os norte-americanos que precisam de testes poderão obter resultados mais rapidamente. Mais e mais opções para testes confiáveis e convenientes estão se tornando disponíveis em um ritmo incrivelmente rápido, graças ao trabalho duro de nossa equipe da FDA e à engenhosidade da indústria americana”, disse o secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Alex Azar.

Tempo de diagnóstico

No atual modelo de testagem, as amostras precisam ser enviadas para um laboratório centralizado, onde os resultados podem levar dias para conclusão.

No Brasil, o diagnóstico é um pouco mais demorado. Em Minas Gerais, as amostras de possíveis contaminados atendidos pela rede pública de saúde eram encaminhadas para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, para que fossem feitos os testes. Os resultados saíam em até seis dias. Desde a semana passada, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) passou a fazer todos os exames do estado, reduzindo o prazo dos resultados pela metade. O tempo de espera pelo resultado caiu de seis para três dias.

O teste desenvolvido pela Cepheid foi projetado para operar em mais de 23 mil sistemas GeneXpert – que permite qualquer laboratório realizar testes de diagnóstico molecular em tempo real –, afirmou a companhia.

“Os sistemas não exigem que os usuários tenham treinamento especializado para realizar testes e são capazes de funcionar 24 horas por dia”, disse o presidente da Cepheid, Warren Kocmond, em comunicado. A empresa não informou qual será o custo do diagnóstico.

Enquanto o FDA tem sido pressionado para expandir a capacidade de rastreamento do vírus, a Organização Mundial da Saúde pediu "ordem e disciplina" no mercado para equipamentos de saúde necessários para combater a pandemia.

Remédio antimalária

No último sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que dois remédios combinados – a hidroxicloroquina e a azitromicina – têm chance de ser uma das "maiores mudanças da história da medicina", referindo-se ao surto de coronavírus, e fez menção a órgãos do governo para que os testes sejam feitos imediatamente.

Embora a afirmação tenha levado esperança para a luta contra a pandemia, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não é seguro o uso do medicamento. “Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da COVID-19. Portanto, não há recomendação da Anvisa, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus”, declarou o órgão, que acrescentou que a automedicação pode representar um grave risco à saúde.

Coronavírus nos EUA

O novo coronavírus causou mais de 100 mortes nos Estados Unidos em 24 horas, elevando para 389 o número de óbitos no país, segundo a contagem divulgada no último domingo pela Universidade Johns Hopkins, usada como referência nacional.

Os estados de Nova York (114 mortos), Washington (94 mortos) e Califórnia (28 mortos) são os mais atingidos pela pandemia, que já infectou pelo menos 30 mil pessoas em todo o território americano.


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