O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, entre 21 e 24 de janeiro, após analisar aspectos "econômicos, políticos e de segurança".
"O presidente e a equipe de assessores analisam uma série de aspectos. Aspectos econômicos, aspectos de segurança, aspectos políticos. E o somatório desses aspectos, quando levados para apreciação do presidente, lhe permitiu avaliar que não seria o caso, nesse momento, de participar desse fórum", disse o porta-voz da presidência, Otavio Rego Barros, nesta quarta-feira, em Brasília.
O porta-voz descartou que o cancelamento esteja relacionado à escalada de tensão entre os Estados Unidos e o Irã, após a morte no Iraque do poderoso general iraniano Qassem Soleimani em um ataque ordenado pelo presidente americano, Donald Trump.
"Não há neste momento qualquer ligação com o fato ocorrido há pouco envolvendo o Irã, Iraque e Estados Unidos também", declarou.
Bolsonaro já havia antecipado, na segunda-feira, a possibilidade de não participar da tradicional reunião da elite econômica e política mundial por "uma questão de segurança". O Brasil será representado por outra autoridade, ainda não definida.
A primeira viagem oficial de Bolsonaro após assumir a presidência, em 1º de janeiro de 2019, foi justamente a Davos, onde surgiu com um dos principais destaques e apresentou "um Brasil diferente".
Na mesma coletiva, Rego Barros confirmou que o presidente realizará uma visita oficial no fim do mês à Índia.