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Estado de Minas

Déficit comercial dos EUA registrou em novembro menor nível em três anos


postado em 07/01/2020 15:06

O déficit comercial dos Estados Unidos registrou em novembro seu nível mais baixo desde outubro de 2016, sob o efeito de uma nova queda nas importações da China.

O saldo das trocas de bens e serviços permaneceu em -43,1 bilhões de dólares, após queda de 8,2%, segundo dados do Departamento de Comércio divulgados nesta terça-feira.

A contração foi maior que o esperado, pois os analistas esperavam um déficit de 43,5 bilhões.

As importações de bens e serviços caíram 1%, a US$ 251,7 bilhões, e as exportações aumentaram 0,7%, para 208,6 bilhões.

Em novembro, os americanos importaram menos bens de consumo, incluindo telefones celulares, brinquedos e móveis.

Por outro lado, exportaram mais bens de consumo, incluindo joias, obras de arte ou cosméticos.

As exportações do setor automotivo também cresceram e, no setor agrícola, a soja, que havia caído em 2018 devido à guerra comercial com a China, aumentou 21,9% em novembro de 2019 e 23,3% entre janeiro e novembro de 2019.

- Impulsionando o crescimento -

Entre janeiro e novembro, o déficit comercial recuou 0,7%. Se esse declínio for confirmado para todo o ano de 2019, os Estados Unidos alcançariam sua primeira redução do déficit comercial em seis anos.

Esses dados seriam favoráveis ao presidente Donald Trump, que tentará a reeleição, e aumentarão o crescimento do PIB dos EUA no último trimestre.

O relatório sobre a balança comercial ocorre enquanto Estados Unidos e China lidam com seu conflito comercial e anunciam um primeiro acordo sobre a guerra tarifária que as duas potências travam há quase dois anos, o que abalou a economia global.

Trump disse que o acordo com Pequim será assinado na Casa Branca no dia 15 deste mês, mas as autoridades chinesas não confirmaram a data.

De qualquer forma, existe um clima de distensão e, na sexta-feira passada, a China anunciou a suspensão de várias restrições ao investimento estrangeiro em seu setor financeiro, uma decisão há muito reivindicada pelos Estados Unidos.

Trump desencadeou em março de 2018 uma sucessão de imposições tarifárias contra a China para forçá-la a abrir seu mercado para produtos dos EUA e, ao mesmo tempo, encerrar práticas comerciais que considera injustas.

Em novembro, as importações de produtos chineses caíram 7,8%. Entre janeiro e novembro, a queda é de 16%, após vários anos em que o déficit bilateral dos Estados Unidos não parou de crescer.

Por outro lado, quando o novo acordo de livre comércio da América do Norte com o México e o Canadá está prestes a ser ratificado pelos Estados Unidos, as importações desses dois países aumentaram desde o início do ano passado: +27,8% com o México e +23% com o Canadá.

Com a União Europeia, outro grande parceiro comercial, o déficit no comércio de mercadorias aumentou 6,35 desde janeiro.

Trump também tem ameaçado a Europa e, particularmente, a França.

Seu governo ameaçou no mês passado tributar em até 100% dos produtos importados por US$ 2,4 bilhões, incluindo queijo e champanhe, em retaliação a uma "taxa digital" que afeta gigantes da Internet como Google, Apple, Facebook e Amazon.

Mas a França e os Estados Unidos ganharam 15 dias para chegar a um acordo sob a OCDE, com a condição de que até então Washington não imponha tarifas, afirmou o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, na terça-feira, um dia após a entrevista. Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.


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