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Estado de Minas

Líderes mundiais buscam novo impulso para questão dos refugiados


postado em 16/12/2019 09:25

A crise migratória parece ter terminado, mas os deslocados são mais numerosos do que nunca e os chefes de Estado e ministros se reunirão nesta terça e quarta-feira em Genebra, no primeiro Fórum Mundial sobre Refugiados, para dar um novo impulso ao Pacto da ONU adotado no ano passado.

Apenas um ano após a adoção deste texto em Nova York para dar uma resposta internacional aos movimentos em massa de refugiados, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) convidou líderes, representantes da sociedade civil e de empresas para apresentar propostas concretas sobre a "distribuição da carga e da responsabilidade" dessas populações.

"A primeira edição deste fórum, co-organizado pela Turquia, Alemanha, Costa Rica, Etiópia, Paquistão e Suíça, e que será realizado a cada quatro anos, acontece após uma década mais do que agitada em termos de níveis de deslocamento", declarou Kelly Clements, alto comissário adjunto da ACNUR.

Segundo ele, 71 milhões de pessoas foram deslocadas em 2018, incluindo 26 milhões de refugiados, um recorde.

"O debate não se concentra apenas nos refugiados, mas também nos países que os acolhem e será a ocasião para colocar em prática propostas sobre emprego, educação, energia ou meio ambiente, diz Clements.

- A questão turca -

Outro objetivo, diz Céline Schmitt, porta-voz da ACNUR na França, é colocar os refugiados de volta sob os holofotes.

Embora o momento mais crítico da crise migratória que a Europa experimentado em 2015 tenha terminado, "não devemos esquecer o que está acontecendo no mundo", alerta.

A participação da Turquia, que abriga o maior número de refugiados do planeta, cerca de três milhões, é altamente antecipada.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, insiste que, se não receber mais ajuda da comunidade internacional, poderá abrir as portas da Europa aos refugiados.

A Turquia deve falar sobre o "apoio adicional necessário de nós", diz Kelly Clements.

"Acho que há uma grande preocupação, principalmente pelas crises [como a da Síria] que se prolongam ao longo do tempo. (...) Esperamos não ouvir ameaças sobre uma possível 'abertura de comportas' para a Europa", admite um um diplomata europeu.

A ACNUR estima que 1,44 milhão de refugiados precisam ser realocados. Segundo a União Europeia, 65.000 refugiados foram restabelecidos na Europa desde 2015.

O Pacto Mundial sobre Refugiados, que também não é vinculativo, compreende quatro objetivos principais: reduzir a pressão sobre os países anfitriões, aumentar a autonomia dos refugiados, gerar soluções visando a países terceiros, e favorecer o retorno seguro dos refugiados aos seus países de origem .

Neste sentido, Clements destaca que a ACNUR "deverá estar disposto a ajudar ainda mais os refugiados e os países anfitriões".


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