Os dirigentes da União Europeia (UE) aprovaram nesta quinta-feira o acordo do Brexit fechado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a duas semanas do divórcio previsto em 31 de outubro, anunciou o presidente do Conselho Europeu.
"O Conselho Europeu apoiou este acordo e tudo parece indicar que estamos muito perto do final", assegurou Donald Tusk em coletiva de imprensa, para que o pacto permitirá evitar "o caos" entre o Reino Unido e seus sócios.
Tusk, que presidiu sua última cúpula ordinária, disse, no entanto, estar "triste" com a saída dos britânicos. "Nossa porta estará sempre aberta", acrescentou.
O Parlamento britânico e a Eurocâmara devem agora ratificar o pacto para que possa entrar em vigor.
No Parlamento britânico a tarefa será complicada. A ex-primeira-ministra britânica Theresa May fracassou três vezes em sua tentativa de fazer o Parlamento aprovar o acordo assinado em novembro com a UE, que serviu de base de negociação para o pacto atual.
Seu sucessor Boris Johnson conseguiu modificar o polêmico sistema destinado a evitar uma fronteira de mercadorias entre a República da Irlanda, um país da UE, e a província britânica da Irlanda do Norte, mas isso já enfrenta relutância em Westminster.
Seus aliados parlamentares, os unionistas norte-irlandeses do DUP, bem como a oposição trabalhista e os nacionalistas escoceses, já indicaram que não devem apoiar o texto na votação programada para sábado.
Se a ratificação do pacto não for alcançada, a UE não descarta uma nova extensão para evitar o temido Brexit sem um acordo em 31 de outubro.