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Estado de Minas

ONG denuncia prisões e extorsões de refugiados que voltam à Síria


postado em 16/10/2019 10:06

Refugiados e deslocados que retornam às regiões da Síria controlados pelo regime de Bashar al-Assad sofrem detenções arbitrárias, corrupção endêmica e serviços públicos ineficazes, informou uma ONG nesta quarta-feira.

"Os sírios nos territórios do regime, vivem com medo e se sentem extremamente vulneráveis", afirmou a Associação Síria para a Dignidade do Cidadão (SACD, sigla em inglês) em uma entrevista coletiva em Istambul.

Cerca de 59% das pessoas consultadas pelo estudo publicado por esta organização "consideram seriamente deixar as áreas do regime assim que a ocasião se apresentar".

O regime sírio tomou vários locais dos rebeldes e jihadistas e incentiva os mais de cinco milhões de refugiados que vivem no exílio a retornar à Síria.

Mas a SACD denuncia "detenções arbitrárias" e "recrutamento forçado", "uma moeda comum entre as forças de Assad".

A associação interrogou 165 pessoas em torno de Damasco, bem como nas províncias de Alepo (norte), Homs (centro) e Deraa (sul).

Dois terços dos entrevistados dizem que "vivem com o medo permanente de detenção ou assédio" pelos serviços de segurança e pelo regime militar.

A ONG também denuncia casos de "corrupção" e "extorsão".

Cita como exemplo Um Mohamed, 45 anos e originalmente de Aleppo.

"Ela foi presa enquanto tentava obter um documento de identidade. Ela passou 50 dias na prisão e foi forçada a abrir mão de sua casa e parte de sua propriedade para o regime militar", afirma a ONG.

Para ser libertada, "teve que pagar uma quantia significativa em dinheiro para subornar um oficial".

Mais de 198.000 refugiados retornaram à Síria entre 2016 e agosto de 2019, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A maioria dos questionados pela SACD sente "total insatisfação" com serviços básicos como água e eletricidade e 66% reclamam dos serviços de saúde.

O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, garante que o regime não prende nenhum dos cidadãos que voltam ao país.


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