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Estado de Minas

Testemunhos fortalecem caso de impeachment contra Trump, dizem democratas


postado em 15/10/2019 18:13

Legisladores americanos que conduzem a investigação de julgamento político contra Donald Trump voltaram nesta terça-feira (15) suas atenções para o Departamento de Estado, em meio a uma enxurrada de testemunhos explosivos sobre a política externa do presidente que, dizem, fortalece o caso de sua destituição.

Os democratas do Congresso devem ouvir George Kent, alto funcionário do Departamento de Estado presente no infame telefonema de 25 de julho em que Trump exortou seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelenski, a investigar o democrata Joe Biden, seu mais provável adversário nas eleições de 2020.

Seu comparecimento ocorre um dia depois de a ex-assessora da Casa Branca, Fiona Hill, testemunhar em um depoimento de dez horas que o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, estava executando uma política externa oculta para beneficiar o presidente, segundo vários meios de comunicação americanos.

Enquanto os pré-candidatos democratas às eleições de 2020 se preparam nesta terça-feira em Ohio para seu quarto debate presidencial, os legisladores voltaram de um recesso de suas semanas para mergulhar em uma crise que se aprofunda cada vez mais.

O congressista democrata Eric Swalwell disse à CNN que o testemunho de Hill tinha reforçado o argumento para destituir Trump e assegurou que seu partido seria rápido e "cirúrgico" na construção do caso.

Mas Trump criticou os opositores por cuidar do caso a portas fechadas. "Os democratas não permitem transparência nas audiências da Caça às Bruxas", tuitou.

Os democratas buscam informação sobre a suposta pressão que Trump teria feito sobre a Ucrânia para procurar dados para prejudicar Biden, usando como moeda de troca quase US$ 400 milhões em ajuda militar americana.

O Times noticiou que Hill disse que seu então chefe, o ex-assessor de segurança nacional John Bolton, alarmou-se com os esforços de Giuliani e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, para pressionar a Ucrânia.

"Não faço parte de nenhum negócio de drogas que Rudy e Mulvaney estejam preparando", disse Bolton, segundo o testemunho de Hill, reportado pelo Times.

A ex-assessora também teria testemunhado que Bolton advertiu que Giuliani era "uma granada de mão" que faria "explodir todos".

Segundo o The Wall Street Journal, disse ainda que ela e outros funcionários apresentaram suas preocupações ao advogado de segurança nacional da Casa Branca.

Swalwell, um dos democratas envolvidos na investigação, afirmou que o testemunho de Hill apoiava o caso para acusar Trump.

Ao depoimento de Kent, vice-secretário de Estado para assuntos Europeus e Eurasiáticos, nesta terça, se seguirá na quarta o do ex-alto diplomata Michael McKinley, que renunciou ao cargo na semana passada.

Na quinta-feira, os investigadores ouvirão o embaixador dos Estados Unidos na União Europeia, Gordon Sondland, nomeado por Trump e que supostamente trabalhou com Giuliani para pressionar Kiev.

Até agora, os democratas mantiveram em segredo os testemunhos, enquanto buscam elaborar um caso para iniciar um julgamento de impeachment contra Trump .


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