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Estado de Minas

Congresso dos EUA sob pressão por inação frente à violência por armas de fogo


postado em 07/08/2019 16:43

Apesar de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido "grandes" reformas às leis sobre armas de fogo após trágicos tiroteios, é improvável que as divisões no Congresso permitam medidas importantes.

Os legisladores democratas, entre eles vários pré-candidatos às eleições de 2020, buscam aproveitar o momento, pedindo medidas radicais para conter a violência.

Eles pedem mais verificações de antecedentes para os compradores de armas, algo que a maioria dos americanos apoia.

Muitos também buscam restaurar uma proibição de venda de armas de tipo militar e proibir os carregadores de alta capacidade, usados no tiroteio do fim de semana em Dayton, Ohio, onde um homem matou nove pessoas em apenas 30 segundos.

A maioria dos republicanos permanece em silêncio quanto às medidas a serem tomadas contra o acesso às armas depois dos tiroteios.

Esse sentimento bipartidarista para agir parece estar crescendo, e alguns republicanos expressaram seu apoio a medidas para impedir que pessoas que não deveriam ter acesso às armas de fogo possam comprá-las, ou ter porte.

"Os dois horríveis tiroteios ocorridos no fim de semana demonstram por que devemos promulgar reformas de senso comum", disse o senador republicano Marco Rubio.

Membros de ambos os partidos reconhecem que há um legislador que impõe obstáculos no caminho: o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.

Controlada pelos democratas, a Câmara de Representantes aprovou, no início do ano, um projeto de lei para evitar a venda de armas de fogo em feiras, ou entre indivíduos sem uma verificação de antecedentes, mas McConnell se negou a submetê-lo à votação no Senado.

"Se o líder McConnell levasse agora este projeto de lei para o Senado, acho que seria aprovado", disse ontem o líder da minoria democrata da mesma Casa, senador Chuck Schumer, junto com o representante republicano Pete King, que copatrocinou o projeto de lei aprovado pela Câmara baixa.

"Este não deveria ser, de modo algum, um partidarista, embora com frequência seja", afirmou King.

Nunca é fácil avançar no Capitólio, mas, com a proximidade das eleições, os legisladores se mostram particularmente reagentes a adotar leis polêmicas.

Kristin Goss, professora de Políticas Públicas da Universidade de Duke e coautora do livro "The Gun Debate", disse, em conversa com a AFP, que se tornou ainda mais difícil aprovar uma lei para o controle das armas de fogo com um Senado liderado pelos republicanos.

Ela lembrou também como uma minoria republicana no Senado usou, em 2013, táticas de bloqueio para fazer naufragar um projeto de lei de verificação de antecedentes, depois que um homem armado matou 20 estudantes em Connecticut.

"Os números no Senado agora não são tão promissores", motivo pelo qual uma ampla lei sobre o controle de armas é ainda mais difícil de tirar do papel, completou.


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