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Estado de Minas

Militares se rebelam contra Maduro e Guaidó pede apoio das ruas e Forças Armadas


postado em 30/04/2019 12:31

Um grupo de soldados venezuelanos se rebelou nesta terça-feira contra o presidente Nicolás Maduro e em apoio ao líder da oposição Juan Guaidó, que pediu a todas as Forças Armadas para se juntarem ao movimento, que o governo denunciou como uma tentativa de golpe.

Maduro declarou que tem a "lealdade total" da liderança militar, após manifestações de apoio de vários membros do alto Comando militar.

"Nervos de Aço!" Falei com os Comandantes de todos os REDI e ZODI do País, que manifestaram total lealdade ao Povo, à Constituição e à Pátria. Apelo à máxima mobilização popular para garantir a vitória da Paz. Nós vamos ganhar!", afirmou Maduro no Twitter em sua primeira reação à rebelião.

As Forças Armadas "permanecem firmes em defesa da Constituição Nacional e de suas autoridades legítimas", disse, por sua vez, o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, no Twitter.

Durante a madrugada, Guaidó, reconhecido como presidente interino de meia centena de países, publicou um vídeo com um pequeno grupo de pessoas uniformizadas que, segundo ele, foi gravado em La Carlota, a principal base aérea da Venezuela no leste de Caracas.

"Somos também povo e já estamos cansados dessa ditadura", disse um dos insurgentes à AFP, anonimamente, nas proximidades da instalação.

De dentro da base, militares leais a Maduro lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra oponentes, que responderam ao chamado de Guaidó para tomar as ruas para apoiar o "cessar definitivo da usurpação do poder".

"Não vou ficar em casa com os braços cruzados, enquanto o regime de Maduro nos oprime", declarou Carlos, à AFP, pronto para jogar um coquetel Molotov no setor de Altamira.

"Hoje, bravos soldados, corajosos patriotas, bravos homens ligados à Constituição atenderam ao nosso chamado", afirmou Guaidó anteriormente.

"Foram anos de medo, o medo que hoje é superado. Hoje como presidente encarregado da Venezuela, legítimo comandante-em-chefe das Forças Armadas, peço a todos os soldados (...) que nos acompanhem neste feito no marco da Constituição, dentro da estrutura da luta não violenta ", acrescentou Guaidó.

- Tentativa de golpe -

O governo venezuelano denunciou o incidente como uma "tentativa de golpe de Estado" e afirmou que a situação está sob controle.

"No momento, estamos enfrentando e desativando um pequeno grupo de militares traidores que se posicionaram em Altamira para promover um golpe de Estado", disse o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez.

"Pedimos ao povo que permaneça em alerta máximo para, junto com as gloriosas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, derrotar a tentativa de golpe e preservar a paz", acrescentou Rodríguez.

O líder do chavismo, Diosdado Cabello, convocou uma manifestação no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, depois que o opositor Juan Guaidó afirmou ter o apoio de "bravos soldados" contra o líder socialista Nicolás Maduro.

"Estamos agora mobilizados e convidamos todo o povo de Caracas: venha para Miraflores. Vamos ver o que eles podem fazer contra o nosso povo", disse Cabello, presidente da Assembleia Constituinte no poder, em nota na televisão estatal VTV, chamando a ação de Guaidó de "espetáculo grotesco".

Algumas dezenas de chavistas se reuniram nas proximidades do palácio.

Os oponentes concentraram-se em Altamira, nas proximidades da base de La Carlota, com bandeiras venezuelanas e celebrando a revolta.

"Leopoldo, Leopoldo!", gritavam muitos opositores.

Os motoristas também tocavam as buzinas de seus veículos e há panelaços em várias zonas.

"O momento é agora! Os 24 estados do país tomaram o caminho: rua sem volta, o futuro é nosso: povo e forças armadas unidas pelo cessar da usurpação", afirmou Guaidó em nova mensagem no Twitter.


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