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Estado de Minas

Rússia comemora fim do cerco a Leningrado com desfile militar


postado em 27/01/2019 15:25

O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou neste domingo o espírito "inexpugnável" de São Petersburgo, na celebração do 75º aniversário do fim do cerco a Leningrado, que deixou pelo menos 800.000 mortos entre 1941 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

Mais cedo, cerca de 2.000 soldados, tanques e sistemas antimísseis desfilaram pelo centro da ex-Leningrado diante de centenas de espectadores, alguns deles enrolados em cobertores para suportar a neve que caía e a temperatura de -11 ºC.

No desfile na segunda maior cidade russa, foi exibido um arsenal pesado, inclusive o legendário tanque T-34.

A parada militar realizada debaixo de nevo perto do Museu Hermitage frequentemente despertou controvérsia, inclusive entre sobreviventes, que denunciam a propaganda militarista liderada pelas autoridades.

O presidente Vladimir Putin, oriundo de São Petersburgo, assistiu a outros atos comemorativos da cidade.

Mais de 2.500 soldados, trajando uniformes modernos e de época, inclusive casacos de pele de ovelha, participaram da parada.

- 'Crime contra a Humanidade' -

Durante um concerto de homenagem, Putin afirmou que as tropas nazistas, que tentaram matar de fome uma "cidade inexpugnável" e submeteram seus habitantes a "sofrimentos horríveis", jamais serão perdoadas.

"Segundo os planos do inimigo, Leningrado tinha que ser apagada da face da Terra", afirmou. Tratou-se de um "crime contra a Humanidade".

Putin, de 66 anos, não tinha nascido quando o cerco aconteceu, mas seu irmão mais velho morreu na ocasião e está enterrado no cemitério de Piskaryovskoe.

A mãe de Putin quase morreu de fome durante o bloqueio e seu pai, que lutava no Exército Vermelho, ficou ferido não longe dali.

A antiga capital imperial da Rússia tinha 3 milhões de habitantes antes da guerra e mais de 800 mil pessoas morreram de fome, doenças e bombardeios durante os 872 dias de assédio do exército de Hitler.

Cerca de 108 mil ex-combatentes e sobreviventes atualmente vivem em São Petersburgo.

Durante o ato, foi observado um minuto de silêncio, enquanto um metrônomo soava ao fundo, lembrando o sinal que era utilizado durante o cerco para indicar aos habitantes os iminentes bombardeios aéreos.

Em declaração conjunta, os ministros de Relações Exteriores russo e alemão, anunciaram neste domingo que Berlim vai dar 12 milhões de euros em ajuda para os sobreviventes do cerco e aos veteranos de guerra.


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