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Estado de Minas

De Niro e ex-vice Joe Biden também recebem pacotes suspeitos


postado em 25/10/2018 10:53

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden e o astro de Hollywood Robert De Niro foram os últimos alvos de uma série de pacotes suspeitos enviados a oponentes do presidente Donald Trump, que atacou a mídia por provocar "raiva" na população americana.

Os inimigos políticos do presidente republicano o acusaram de incitar a violência depois que bombas artesanais foram enviadas a Barack Obama, Hillary Clinton, CNN e outras figuras democratas detestadas por simpatizantes de Trump.

Com as eleições legislativas que acontecerão em menos de duas semanas, o presidente reagiu primeiro pedindo a união, mas depois voltando a atacar a mídia, artifício que ele voltou a adotar nesta quinta-feira.

Trump acusou a mídia nesta quinta-feira de ser responsável pela "raiva" da sociedade.

"Muita da raiva que vemos hoje em nossa sociedade é causada pelo relato intencionalmente falso e impreciso da mídia tradicional, ao qual me refiro como Fake News", postou no Twitter.

"Tornou-se tão ruim e odioso que está além da descrição", acrescentou. "A mídia tradicional deve colocar seus assuntos em ordem, RAPIDAMENTE!", acrescentou.

- Ameaças em série -

Pacotes com explosivos foram enviados na quarta-feira a vários proeminentes e à emissora CNN - alvo do ódio de apoiadores do presidente Trump.

A ex-secretária de Estado e adversária de Trump na corrida pela Casa Branca em 2016, Hillary Clinton, foi uma das destinatárias dos pacotes.

A CNN é conhecida pela cobertura abrangente da administração Trump e por constantemente provocar a ira do presidente.

A CNN precisou evacuar sua sede em Nova York, nesta quarta-feira, depois que um suposto explosivo foi encontrado na sala de correspondência, juntamente com um envelope contendo um pó branco. Um esquadrão antibombas neutralizou o dispositivo e o enviou para análise, informou a Polícia.

O pacote à CNN destinava-se ao ex-diretor da CIA, John Brennan, que apareceu na emissora como um convidado e talvez seja o crítico mais ferrenho de Trump na comunidade de segurança nacional.

A onda de alertas de bomba começou na segunda-feira, depois que um dispositivo foi encontrado na residência em Nova York do bilionário e filantropo liberal George Soros, financiador do Partido Democrata. "Até o momento os dispositivos são o que parecem bombas caseiras montadas em tubos", disse o agente do FBI Bryan Paarmann.

Pelo menos seis pacotes suspeitos foram enviados em Nova York, Washington e Flórida, inclusive para renomados afro-americanos democratas: o ex-procurador-geral do governo Obama, Eric Holder, e a legisladora pela Califórnia Maxine Waters.

Foram enviados em envelopes pardos forrados com plástico-bolha, com os endereços em etiquetas impressas por computador. Cada um deles tinha como destinatária Debbie Wasserman Schultz, ex-presidente do Comitê Nacional Democrata.

O presidente Trump afirmou na quarta-feira à noite que "qualquer ato ou ameaça de violência política é um ataque contra a própria democracia".

No Twitter, a hashtag #MAGABomber virou 'trending topic' nos Estados Unidos, à medida que os usuários inundaram a rede social com acusações de que Trump incitou as tentativas de ataque e destacando as declarações tóxicas que ele fez no passado contra os alvos dos pacotes.

Críticos liberais e de orientação esquerdista denunciaram sua Presidência, marcada pelo slogan, "Make America Great Again" (Fazer a América grande de novo), de encorajar extremistas de direita.

O Serviço Secreto informou que os pacotes foram "identificados imediatamente durante procedimentos de rotina de varredura de correspondência" e que nem Hillary, nem Obama correram o risco de recebê-los.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelos envios e até o momento ninguém foi detido.


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