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Estado de Minas

Haddad diz que vai à enfermaria para debater com Bolsonaro


postado em 10/10/2018 14:36

O candidato da esquerda à presidência do Brasil, Fernando Haddad, disse estar disposto a ir até a enfermaria para debater publicamente com Jair Bolsonaro, seu adversário da extrema direita ausente dos debates desde que foi esfaqueado durante um comício em setembro.

"Eu vou na enfermeira que ele quiser, não tem problema, os brasileiros precisam saber a verdade. Se tem fake news, vamos tratar isso como adultos. Eu não tenho problema com nenhum tema, não estou fazendo criancice na internet, contando com a boa fé das pessoas que são crédulas", afirmou Haddad depois de ficar sabendo que o ex-capitão do Exército, que recebeu 46% dos votos no primeiro turno, não comparecerá ao debate previsto para esta quinta-feira.

Haddad (29% dos votos) concedeu uma entrevista à imprensa estrangeira em um hotel de São Paulo, em meio a intensas negociações para tecer alianças visando ao segundo turno.

Anteriormente, o candidato indicado pelo ex-presidente Lula confessou sua "desconfiança" de que Bolsonaro - cuja alta médica para evitar participar dos debates não o impediu de conceder várias entrevistas televisionadas - recusara-se a debater antes do segundo turno.

"Não há como se acovardar num debate, ele vai ter que enfrentar. As atitudes covardes de rede social não são possíveis no debate ara a cara", afirmou, em referência à proliferação de notícias falsas durante a campanha e aos insultos feitos por Bolsonaro na internet, onde é o candidato com mais seguidores da rede.

Haddad reconheceu as dificuldades que terá para reverter o quadro das eleições mais polarizadas as últimas décadas no Brasil.

"Estamos enfrentando um desafio enorme porque todo o establishment brasileiro apoia a candidatura de extrema direita no Brasil, ao contrário do que aconteceu em países da Europa e dos Estados Unidos. Aqui o fenômeno é diferente, aqui o mercado financeiro tem preferência pelo candidato de extrema direita em virtude de seu programa de venda do patrimônio nacional, basicamente pensando em lucros rápidos de curto prazo", criticou Haddad.

Até agora, apenas o pequeno partido de esquerda PSOL e o Partido Socialista (PSB) deram seu apoio explícito a Haddad no segundo turno.

O PDT de Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar no domingo com 12,47% dos votos, está em "tratativas" em apoio à sua candidatura, afirmou o petista.

"Se nós conseguimos congregar esses partidos progressistas, estaremos dando um recado importante para o país de que há muita coisa em risco, muita coisa em jogo e não podemos desperdiçar a oportunidade de dar um basta nesta escalada de violência que o país está vivendo", alertou, acrescentando, em seguida, que espera concretizar mais alianças nesta primeira semana de campanha para o segundo turno.


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