O presidente Donald Trump tentou novamente desacreditar o livro sobre seu governo escrito pelo jornalista investigativo Bob Woodward, argumentando que o trabalho é baseado em citações fictícias e que se trata de "uma piada".
"O livro de Woodward é uma piada, é um dos muitos dos ataques contra mim, uma salva de ataques usando fontes anônimas e sem nome, agora já desacreditadas", postou o presidente americano em seu Twitter nesta segunda-feira.
Não é a primeira vez que Trump critica o livro "Fear: Trump in the White House" ("Medo: Trump na Casa Branca", em tradução livre).
Na semana passada, quando o livro foi lançado, Trump o chamou de "fraude", afirmando que seu conteúdo é inventado.
"O livro de Woodward é uma fraude. Eu não falo da forma que sou citado. Se esse fosse o caso, não teria sido eleito presidente", escreveu o presidente em um tuíte.
"O autor usa em seu livro todas as artimanhas possíveis para degradar e depreciar", acrescentou.
"Gostaria que as pessoas pudessem ver a realidade - e nosso país vai MUITO BEM!", completou.
Ao longo das 448 páginas de "Fear: Trump in the White House", o jornalista americano descreve Trump como um homem inculto, colérico, imprevisível e incapaz de enfrentar os desafios da presidência, cujos funcionários se esforçam para controlar e evitar as consequências de seus exageros.
Junto com Carl Bernstein, Woodward revelou o escândalo do Watergate, que levou à renúncia do presidente Richard Nixon.
O impacto do livro de Woodward se multiplicou com a publicação, no jornal "The New York Times", também na semana passada, de um artigo de opinião anônimo escrito por um funcionário de alto escalão do governo Trump.
No texto, o funcionário se apresenta como um membro da "resistência" dentro da Casa Branca e denuncia "a amoralidade do presidente".
Sobre este artigo, o presidente escreveu uma série de furiosos tuítes sobre uma possível "traição" e denunciou o comportamento "da esquerda" e dos meios de comunicação que denomina "Fake News".
"Ninguém sabe quem demônios é", disse Trump sobre o autor do artigo.
O presidente americano declarou ainda na sexta que o seu secretário de Justiça, Jeff Sessions, "deveria estar investigando o autor desse artigo, porque realmente acredito que é (uma questão) de segurança nacional".