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Estado de Minas

Suplementos de óleo de peixe não evitam doenças cardíacas


postado em 27/08/2018 14:12

Os suplementos de óleo de peixe não ajudam a prevenir ataques cardíacos ou derrames em pessoas com diabetes, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira, o mais recente de um número crescente de pesquisas sobre a ineficácia de pílulas contendo ácidos graxos ômega-3.

Mais de 15.000 pessoas com diabetes, mas sem sinais de doença cardíaca, participaram do estudo na Grã-Bretanha, cujos resultados foram publicados no New England Journal of Medicine.

Metade dos participantes recebeu uma cápsula de ômega 3 por dia, enquanto a outra metade recebeu uma pílula placebo contendo azeite de oliva. O estudo foi randomizado e cego, o que significa que os participantes não sabiam qual pílula estavam tomando.

Os pacientes foram acompanhados por uma média de pouco mais de sete anos.

Entre aqueles que tomaram pílulas de óleo de peixe, 8,9% sofreram um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, em comparação com 9,2% no grupo placebo, o que não foi uma diferença significativa.

"Nosso estudo amplo e randomizado de longo prazo mostra que os suplementos de óleo de peixe não reduzem o risco de eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes", disse a pesquisadora principal, Louise Bowman, da Universidade de Oxford.

"Esta é uma descoberta decepcionante, mas está em linha com ensaios randomizados anteriores em outros tipos de pacientes com risco aumentado de eventos cardiovasculares, que também não mostraram benefícios dos suplementos de óleo de peixe".

Bowman concluiu: "Não há justificativa para recomendar suplementos de óleo de peixe para proteger contra eventos cardiovasculares".

Em janeiro, uma análise de 10 estudos envolvendo 78.000 pessoas publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) Cardiology também concluiu que as pílulas de óleo de peixe não previnem doenças cardíacas entre pessoas de alto risco.

Alguns estudos observacionais apontaram uma associação entre um maior consumo de peixe e riscos mais baixos de doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral, mas ensaios clínicos randomizados mais rigorosos não apoiaram esse vínculo.


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