(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Governo da Grécia já registra mais de 70 mortes por conta de incêndio florestal

Estes números não são definitivos. Uma centena de bombeiros continua em busca de possíveis vítimas na região turística à margem do Atlântico, que foi surpreendida pelas chamas na segunda-feira à tarde


postado em 24/07/2018 21:24 / atualizado em 24/07/2018 22:10

Corpos carbonizados de 26 pessoas foram encontrados em uma casa em Mati, costa oriental da região de Ática(foto: AFP / ANGELOS TZORTZINIS )
Corpos carbonizados de 26 pessoas foram encontrados em uma casa em Mati, costa oriental da região de Ática (foto: AFP / ANGELOS TZORTZINIS )
O número de mortos nos incêndios nos arredores de Atenas subiu para 74 nesta terça-feira (24), anunciou a porta-voz dos Bombeiros, Stavroula Maliri, revisando o boletim anterior, de 60 óbitos.


Estes números não são definitivos. Uma centena de bombeiros continua em busca de possíveis vítimas na região turística à margem do Atlântico, que foi surpreendida pelas chamas na segunda-feira à tarde.


Nesta terça, os corpos carbonizados de 26 pessoas foram encontrados em uma casa em Mati, costa oriental da região de Ática.


Os corpos das vítimas estavam abraçados e carbonizados, segundo um fotógrafo da AFP.


Aparentemente, não conseguiram chegar ao mar para se protegerem das chamas, avaliaram os bombeiros, acrescentando que o incêndio foi controlado em Ática. Continua muito ativo, porém, em Kineta, 50 quilômetros ao oeste de Atenas.


Segundo a porta-voz dois Bombeiros, de um total de 187 pessoas hospitalizadas, 82 seguiam sob tratamento nesta terça-feira à tarde.


Entre os mortos confirmados há uma mãe polonesa e seu filho, de acordo com Varsóvia, assim como um cidadão belga identificado como Didier Reynders pelo ministro das Relações Exteriores da Bélgica.

 

Carros ficam parados em estrada fechada durante um incêndio próximo a Atenas(foto: AFP / VALERIE GACHE )
Carros ficam parados em estrada fechada durante um incêndio próximo a Atenas (foto: AFP / VALERIE GACHE )
 


Os moradores das áreas afetadas continuam a assinalar desaparecidos, principalmente junto aos três postos da Cruz Vermelha instalados na região, afirmou à AFP Georgia Trisbioti, uma porta-voz da organização.


"As pessoas estão chocadas, perdidas. Algumas perderam tudo, filhos, parentes, casas", declarou, comovida.


"Hoje a Grécia está de luto", afirmou por sua vez o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, que anunciou em um pronunciamento oficial três dias de luto nacional.


Autoridades e testemunhas descrevem um dilúvio de chamas que se abateu na segunda-feira à tarde na região, surpreendendo as vítimas em suas casas e veículos.


"Vi as chamas em frente à janela do hotel, pensei que ia explodir", contou Alina Marzin, uma turista alemã de 20 anos que na segunda-feira à noite estava no hotel Cabo Verde de Mati com seus pais e seu irmão.


- 'Avanço fulgurante' -


Segundo o secretário-geral da Defesa Civil, Yannis Kapakis, os incêndios foram avivados por ventos de mais de 100 km/h, uma "situação extrema".


"Os ventos provocaram um avanço fulgurante do fogo na malha urbana", explicou a porta-voz dos Bombeiros, Stavroula Maliri.


"Mati não existe mais", declarou o prefeito de Rafina, Evangélos Bournous, contabilizando "mais de mil construções e 300 veículos" afetados.


Os sobreviventes passaram horas de angústia em meio às nuvens de cinzas à beira mar, à espera do socorro.


Cerca de 715 pessoas foram resgatadas por mar.


Autoridades e voluntários se organizam para ajudar as vítimas, com coleta e distribuição de água, comida e roupas, enquanto os desabrigados foram enviados a hotéis.


Seis pessoas morreram no mar, onde as buscas continuam. A identificação das vítimas será longa, uma vez que esta região é bastante frequentada por turistas estrangeiros.


- Ajuda externa -


O país, que ativou o Mecanismo Europeu de Defesa Civil, tem recebido ajuda - principalmente aérea - da Espanha, França, Israel, Bulgária, Turquia, Itália, Macedônia, Portugal e Croácia, enquanto mensagens de condolências chegavam do exterior.


"A Comissão Europeia não poupará esforços para ajudar a Grécia", tuitou seu presidente Jean-Claude Juncker.


A Procuradoria do Supremo Tribunal abriu uma investigação sobre as causas do incidente.


Antecipando-se a uma possível polêmica sobre a resposta do aparato estatal, o governo enfatizou que enfrentava um fenômeno "extremo" e "assimétrico", segundo Tsipras.


O porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos, observou que "15 incêndios começaram simultaneamente em três frentes diferentes" em Attica.


Os Estados Unidos emprestaram um drone para sobrevoar Attica e "observar e detectar qualquer atividade suspeita", acrescentou.


A presidência da República cancelou a recepção anual marcada para esta terça-feira para comemorar a restauração da democracia na Grécia em julho de 1974.


A Grécia enfrenta uma onda de calor com temperaturas de até 40ºC.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)