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Estado de Minas

Duas latino-americanas disputam presidência da Assembleia Geral da ONU


postado em 04/06/2018 09:54

Duas latino-americanas vão disputar a presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas, um posto basicamente cerimonial, mas de grande prestígio por sua visibilidade mundial.

Na disputa estão a embaixadora de Honduras na ONU, apoiada por países como Brasil, Colômbia e Peru, e a chanceler equatoriana, apoiada, entre outros, pela Venezuela.

Seguindo o princípio de rotação regional, a 73ª sessão da Assembleia Geral, que começa em setembro, será ocupada por um candidato do Grupo da América Latina e Caribe.

Desta vez, a região chega à eleição dividida e sem um candidato de consenso para a votação desta terça-feira, onde os países-membros escolheram o substituto do eslovaco Miroslav Lajcak para um mandato de um ano.

- Confiantes-

Tanto a hondurenha Mary Elizabeth Flores Flake, de 44 anos, quanto a equatoriana María Fernanda Espinosa, de 53, estão muito confiantes, afirmou um diplomata latino-americano que não quis ser identificado.

O Equador, que a princípio havia apoiado Honduras, resolveu disputar o cargo em fevereiro e Tegucigalpa expressou na ocasião seu "mal-estar e surpresa".

O conflito israelense-palestino deverá marcar a eleição, pois Honduras é um dos poucos países da ONU que não reconhece a Palestina. Também estreitou nos últimos meses relações com Israel, anunciando que transferirá sua embaixada para Jerusalém, como já fizeram os Estados Unidos, seguidos pela Guatemala e o Paraguai.

Esta decisão não atrairá o apoio dos países árabes, recordou outro diplomata latino. "E os árabes têm grande influência sobre os países africanos", acrescentou.

Mas Honduras tem o apoio dos Estados Unidos e de parte do Grupo de Lima, integrado por cerca de 15 países que criticam o governo de Nicolás Maduro e pedem que a democracia seja restaurada na Venezuela.

A Europa pode hesitar na hora de votar, uma vez que a reeleição do presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, em novembro, foi marcada por acusações de fraude e por violentos protestos após sua vitória. Pelo menos 23 pessoas morreram nesses confrontos.

A votação na ONU será secreta e vencerá quem conseguir a maioria simples dos votos.

- Primeira latino-americana -

Independentemente de quem vencer, será a quarta vez na história que uma mulher presidirá a Assembleia Geral da ONU, e a primeira vez para uma latino-americana.

O Equador já ocupou o cargo em 1973-1974, mas Honduras, não.

Poeta, diplomata e escritora, Espinosa foi ministra da Defesa de Rafael Correa entre 2012 y 2014 e é chanceler do Equador no atual governo de Lenín Moreno. Também foi ministra do Patrimônio Cultural e Natural e embaixadora na ONU em Nova York e em Genebra.

Se vencer a disputa, diz que suas prioridades serão "fortalecer o multilateralismo, potencializar a capacidade da ONU para atender às crises globais e avançar com a agenda da organização, incluindo o processo de reformas".

Flores, ex-congressista e primeira embaixadora de seu país na ONU, é filha do ex-presidente de Honduras Carlos Flores (1998-2002). Se vencer, afirma que sua prioridade será a defesa das crianças.


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