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Estado de Minas

Grande marcha na Argentina contra FMI e alta das tarifas


postado em 01/06/2018 19:00

Milhares de manifestantes saídos de todas as províncias da Argentina se mobilizaram nesta sexta-feira (1) até a Plaza de Mayo, em Buenos Aires, para protestar contra as negociações entre o presidente Mauricio Macri e o FMI, assim como pelos aumentos de tarifas.

A chamada "Marcha Federal" começou em 28 de maio a fim de reunir uma multidão em frente à casa de governo com frases como "Pão e trabalho", "Fora FMI" e "Chega de 'tarifazos'".

"Deveria haver uma greve geral. Não vão nos distrair com a Copa do Mundo nem com (Lionel) Messi", disse Pablo Moyano, um dos líderes da central operária majoritária CGT.

A mobilização foi convocada pela Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), que agrupa meio milhão de pessoas sem emprego registrado e em condições de sobrevivência.

"O dinheiro não dá para pagar o aluguel e todos os gastos. Precisamos que diminuam a inflação e de trabalho fixo", disse à AFP em meio à marcha Tamara Benítez, de 22 anos.

A direção da CTEP está vinculada ao papa Francisco e aos Padres na Opção pelos Pobres. "Com um maior nível de ajuste sobre a sociedade, a classe média e os pobres, a Argentina está inviável e o povo vai se rebelar", advertiu seu líder, Juan Grabois.

Macri negocia às pressas um auxílio creditício do FMI para enfrentar as corridas cambiais. A desvalorização acumula mais de 20% ao longo do ano e o Banco Central liquidou 11 bilhões de dólares de suas reservas, atualmente de 50 bilhões.

"Foi adicionado como um eixo da marcha o repúdio ao veto presidencial à lei que freava os 'tarifazos'", disse Daniel Menendez, líder de outro grupo organizador, "Barrios de Pie", em referência ao aumento do preço dos serviços públicos, que vão de 26% a 53%.

"Não encontro um emprego, espero que possamos mudar para que todos possamos melhorar um pouco. A a conta de energia passou de 100 para 600 pesos e hoje o transporte aumentou", lamentou Fabián Navarro, outro manifestante.

Macri vetou na quinta-feira uma lei aprovada no Congresso que contemplava retrair a novembro de 2017 as taxas de serviços e atar seus aumentos à evolução salarial.


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